Paulo Albuquerque usou o bom humor para mostrar problemas das linhas de ônibus do RioReprodução / X
Publicado 02/06/2024 13:02
Rio - Depois de viralizar frequentando as estações do Metrô e os supermercados do Rio, Paulo Albuquerque decidiu dar um passeio pela cidade usando as principais linhas de ônibus municipais. Com bom humor, o carioca numerou os problemas que passageiros enfrentam diariamente no transporte público. 
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No X, antigo Twitter, Paulo mostrou que sua jornada começou com a linha 457 (Abolição X Copacabana). Entre as reclamações dele, estão superlotação e fedor de urina. "Meu sonho é pelo menos uma vez na vida conseguir sentar nesse ônibus. A carroça está sempre lotada. Sem condições. E ainda tenho que aturar o fedor de mijo incensando o ambiente", escreveu.
Durante sua passagem pela linha 298 (Acari X Castelo), o carioca flagrou uma briga entre um vendedor ambulante e um passageiro. "Pau comeu no 298 hoje. O camelô deixou cair a mercadoria no pé do passageiro e o colega não entendeu legal. 'Botou' ele para fora sem mais nem menos, filho. Camelô ficou feião na foto", narrou os acontecimentos.
Na linha 397 (Campo Grande X Candelária) ele falou sobre o trajeto e contou que passou por uma situação desconfortável, onde alguém passou mal devido ao balanço do ônibus. "Pegar esse ônibus de ponta a ponta é quase como ir a São Paulo. Viagem pesada e com barulho de peça solta na cabeça. Dá até enjoo. O amigo não aguentou a viagem e deu aquele vomitada de leve", disse.
A linha 371 (Praça Seca X Praça da República) foi a única que recebeu elogios, mas como nem tudo é perfeito, Paulo denunciou o uso de drogas dentro do transporte. "Esse é o metrô do asfalto, não tem jeito. É um a cada 3 minutos. Tu não fica na mão nunca. De uma eficiência ímpar. Por outro lado, não sei o que acontece com esse ônibus para ter tanta gente cheirando pó na porta de trás. Toda vez isso", escreveu.
Em uma das linhas mais polêmicas, a 474 (Jacaré X Copacabana), o internauta mostrou que a cordinha para o sinal sonoro estava solta e, inclusive, ironizou isto. "Ônibus com maior índice de brutalidade do Rio de Janeiro. Aqui é onde filho chora e a mãe não vê. Ele agora até vem com uma cordinha acoplada pra quem quiser se matar caso não esteja suportando a viagem", disse.
Na linha 433 (Vila Isabel X Copacabana), Paulo revelou que o motorista pediu ajuda para denunciar as condições ruins em que trabalha. "O colega motorista pediu para que eu gravasse o estado do ônibus que ele estava dirigindo. Letreiro apagado, porta toda quebrada, tampa de combustível aberta. E ele me confidenciou que o volante não está virando direito [Índice de Desenvolvimento Humano] IDH nível Somália", mostrou ele.
Além dos bancos pichados, na linha 383 (Realengo X Praça da República), o carioca também reclamou de goteiras e da falta de ar-condicionado. "Esse ônibus sempre com um ambiente bacana pro passageiro. Muita arte atrás dos bancos, goteira no teto pra refrescar o pessoal nos dias quentes e sauna para dar aquela suada gostosa. O passageiro sempre volta relaxado para casa depois", ironizou.
Com bancos sem assentos, a linha 627 (Inhaúma X Saens Peña), foi classificada por Paulo como a "com energia mais pesada do Rio". Sobre ela, o internauta falou: "Eu tenho certeza absoluta que todos os ônibus dessa linha já presenciaram assassinato. Trem fantasma total".
Para finalizar, Paulo usou o espaço para questionar o prefeito do Rio Eduardo Paes sobre as melhorias nos ônibus da cidade. "Aguardo o pronunciamento do meu prefeito Eduardo Paes sobre o que ele está planejando para melhorar as linhas da cidade", questionou ele.
Secretaria vai enviar fiscalização 
Questionada sobre as melhorias nas linhas dos ônibus da cidade, a Secretaria Municipal de Transportes (SMTR) informou que irá enviar uma equipe de fiscalização para apurar as referidas denúncias. Em casos de irregularidades, o consórcio responsável é autuado e os veículos, dependendo do estado, podem ser lacrados.
"Esclarecemos que ações de fiscalização nas ruas fazem parte da rotina diária da SMTR. Só no último ano foram aplicadas cerca de 7,8 mil multas aos consórcios por problemas de conservação e falta de ar-condicionado nos ônibus", completa a nota enviada ao DIA.
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