Publicado 16/06/2024 00:00
O advogado criminalista Alí Muhammad Bin Faisal mora no Rio de Janeiro há 3 anos. Refugiado da Palestina, viu no Restaurante do Povo, da Central do Brasil, uma forma de manter uma alimentação saudável. Segundo ele, as dificuldades de morar em um novo país foram reduzidas com as refeições no local.
Publicidade"O Restaurante do Povo é muito especial para mim, porque as pessoas que trabalham aqui têm um trato especial com a gente. O governo teve uma boa visão ao enxergar que a população precisa comer em um restaurante, isso é humanitário. O programa me ajuda a comer diariamente", disse o advogado de 70 anos.
O restaurante da Central, inaugurado em 2023, é o maior equipamento modular do gênero na América Latina, com capacidade para 600 lugares, fornecendo cerca de 3 mil refeições por dia. O programa Restaurante do Povo, que este ano deve inaugurar unidades em Nova Iguaçu, Madureira e Méier, é um dos três do Governo do Estado que oferece refeições gratuitas ou a preços simbólicos para pessoas em situação de vulnerabilidade social - os outros são o Café do Trabalhador e o RJ Alimenta.
Luiz Eduardo, de 33 anos, está em situação de rua há três anos. Garimpeiro, foi diagnosticado com tuberculose pulmonar, doença que dificultou sua atuação no trabalho. Pela instabilidade financeira, viu no Restaurante do Povo a solução para conseguir se alimentar todos os dias.
"Venho ao restaurante da Central do Brasil todos os dias. Esse espaço, graças a Deus, tem ajudado muita gente que não tem o que comer. Não tenho do que reclamar, aqui tem segurança, comida boa com tempero gostoso, e eu como muito bem", explicou Luiz Eduardo.
Já o Café do Trabalhador, por apenas 50 centavos, oferece um kit de café da manhã que inclui pão com manteiga, uma fruta, e um café com ou sem leite. Para pessoas com restrições ao açúcar é oferecido adoçante. Na unidade de São Gonçalo, o técnico de sinalização aposentado, Aldecir Siqueira, é freguês diário, já que em uma padaria ele pagaria mais de R$ 7 pelo café.
"Eu nem moro tão perto, mas acordo 4 ou 5 horas da manhã e venho caminhando tranquilo até aqui para tomar meu café com pão. Se eu tivesse que pagar para tomar café em uma padaria faltariam outros alimentos na minha casa. Esse programa me ajuda muito", disse o Aldecir.
Com o serviço de distribuição de quentinhas balanceadas e gratuitas à população de baixa renda, em vulnerabilidade ou extrema vulnerabilidade no estado, o RJ Alimenta distribui 8.705 mil refeições por dia, entre café da manhã, almoço e sopa. O programa foi criado durante a pandemia e, mesmo após esse período, foi mantido para atender a população. Ao todo, são seis unidades no estado: três na capital, uma em Campos dos Goytacazes, uma em Magé e outra em Nova Iguaçu.
Por meio dos três programas de combate à insegurança alimentar, são oferecidos cerca de 53 mil alimentações por dia no estado. Durante a gestão do governador Cláudio Castro, já foram entregues mais de 26 milhões de alimentações.
"Nossa gestão está comprometida em reduzir a fome e desnutrição no estado. Por isso, realizamos ações imediatas para alívio dos problemas alimentares, como os programas focados no combate à insegurança alimentar. Tenho orgulho de dizer que a população fluminense conta com 12 unidades do Restaurante do Povo, 46 Cafés do Trabalhador e 6 do RJ Alimenta, e que estamos trabalhando para ampliar os programas em todas as regiões", ressaltou Castro.
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