Thiago Farias da Costa foi morto em uma oficina na Zona Norte do RioReprodução
Publicado 26/06/2024 17:15
Rio - O Tribunal de Justiça expediu o alvará de soltura do mecânico Victor Emmanuel Braga Silva, suspeito de matar o barbeiro Thiago Farias da Costa em Sampaio, na Zona Norte do Rio, em outubro do ano passado. O acusado foi detido pela Interpol na Espanha, no último dia 5, mas o mandado de prisão havia sido revogado seis dias antes.
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Em sua decisão, no último dia 29, a juíza Elizabeth Machado Louro afirmou que Victor "não parece ter uma personalidade voltada à criminalidade" e determinou que o mecânico utilize tornozeleira eletrônica em vez de ser preso preventivamente. Além disso, citou que o suspeito relatou ter sido ameaçado pela família da vítima, o que o teria motivado a sair do Brasil.
"Não vislumbro nele personalidade voltada à criminalidade, parecendo se tratar de fato episódico em sua vida. Note-se que o réu possuía profissão e trabalho lícito, além de ter comparecido à delegacia para apresentar sua versão dos fatos, quando admitiu ter disparado contra a vítima. Embora presentes os pressupostos da prisão preventiva, entendo ser possível conceder ao acusado a oportunidade de demonstrar sua boa-fé, mediante a adoção de medidas menos gravosas", escreveu a magistrada.
Após a investigação da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o Ministério Público do Rio (MPRJ) denunciou Victor e solicitou a prisão preventiva do réu, o que aconteceu em abril deste ano, cerca de seis meses após o crime.
Thiago da Costa foi morto a tiros após uma discussão com o mecânico na frente da oficina de Victor, na Rua Paim Pamplona, no dia 28 de outubro de 2023. Em delegacia, o suspeito admitiu ter atirado contra o barbeiro. Além disso, um vídeo obtido pelo DIA mostra o momento dos disparos.
Procurado pela Interpol, Victor foi detido em Barcelona, na Espanha, porque os policiais ainda não tinham acesso à decisão que revogou o mandado de prisão. Com isso, na última quarta-feira (19), a 2ª Vara Criminal do Rio solicitou a liberação do preso. Apesar de não ser extraditado, o réu deve voltar ao Rio de Janeiro e não poderá deixar a Região Metropolitana enquanto responde ao processo em liberdade.
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