Publicado 03/07/2024 14:57
Rio - A Secretaria Municipal de Saúde do Rio (SMS-Rio) deu início a uma investigação para apurar a morte de Larissa Vitória de Souza Pereira, de 18 anos, após um procedimento de curetagem no Hospital Rocha Faria, em Campo Grande, na Zona Oeste. A família da jovem acusa a unidade de negligência e alega que ela teve o intestino perfurado.
Segundo a pasta, Larissa deu entrada na unidade hospitalar no dia 25 de junho e morreu no domingo passado (30). De acordo com a cunhada Michelle Oliveira, Larissa começou a perder sangue e sentir cólicas na noite do dia 25, quando foi levada para a unidade.
Os médicos identificaram que a jovem sofreu um aborto espontâneo no quarto mês de gestação e foi internada para ser submetida a uma curetagem.
"Na quarta-feira à tarde ela teve o bebê e fez a curetagem. Às 17h, ela começou a reclamar de dor intensa no abdômen. Meu irmão, que é marido dela, estava de acompanhante e pediu um exame de imagem, porque a dor não estava normal. Os médicos disseram que (a dor) era do procedimento e (poderia ser) gases", disse.
PublicidadeSegundo a pasta, Larissa deu entrada na unidade hospitalar no dia 25 de junho e morreu no domingo passado (30). De acordo com a cunhada Michelle Oliveira, Larissa começou a perder sangue e sentir cólicas na noite do dia 25, quando foi levada para a unidade.
Os médicos identificaram que a jovem sofreu um aborto espontâneo no quarto mês de gestação e foi internada para ser submetida a uma curetagem.
"Na quarta-feira à tarde ela teve o bebê e fez a curetagem. Às 17h, ela começou a reclamar de dor intensa no abdômen. Meu irmão, que é marido dela, estava de acompanhante e pediu um exame de imagem, porque a dor não estava normal. Os médicos disseram que (a dor) era do procedimento e (poderia ser) gases", disse.
No dia seguinte, Larissa seguiu sentindo fortes dores e outra parente pediu para levá-la ao médico de plantão, o que foi negado pelas enfermeiras — que disseram novamente ser gases e que ela deveria andar para melhorar.
"Quando foi meia noite, minha irmã fez um escândalo e conseguiu que levassem ela de cadeira de rodas para a médica de plantão. Ela prescreveu dipirona composto, bromoprida e um antibiótico caso ela estivesse com alguma coisa inflamada. Minha irmã insistiu com o exame de imagem e a médica disse não haver necessidade", explicou Michele.
Já na sexta-feira (28), a mãe de Larissa procurou a assistência social, que conseguiu o exame de tomografia fora do Rocha Faria. Ainda de acordo com a família, o equipamento da unidade de saúde está quebrado há mais de 20 dias.
Após o exame, os médicos constataram que a jovem precisaria passar por um procedimento cirúrgico urgente, pois estava com o quadro de saúde muito grave.
"Ela foi para a UTI com a previsão de cirurgia para às sete e meia… O que também não aconteceu, eles só subiram com ela para a cirurgia nove e meia. No sábado, na visita de 14h, o pai dela subiu e o médico falou que ela já estava com a bactéria pelos órgãos e que o quadro era muito grave".
Horas depois, durante a madrugada, a jovem não resistiu. O enterro de Larissa foi realizado no domingo, no Cemitério Municipal de Marapicu.
A direção do Rocha Faria informou que Larissa passou por exames de laboratório, rotina de abdome agudo e ultrassonografia abdominal, que evidenciaram o quadro infeccioso.
"A tomografia foi realizada no CMS Belizário Pena, outra unidade da rede municipal, sem prejuízo à assistência da paciente", informa uma trecho da nota.
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