Operação Falso Egidio foi deflagrada em cinco estadosDivulgação / PF
Publicado 10/07/2024 09:44
Rio - A Polícia Federal (PF) realizou, nesta quarta-feira (10), uma operação contra uma quadrilha especializada em fraudar programas de transferência de renda da Caixa Econômica Federal, dentre eles o Auxílio Emergencial. No Rio, duas pessoas foram presas em São Gonçalo e três em Niterói, na Região Metropolitana do Rio.
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A ação, denominada de "Falso Egidio", também cumpriu mandados em demais estados do país, onde foram presas outras três pessoas: uma em São Paulo, uma no Amazonas e a outra no Piauí. Além disso, houve apreensão de celulares, computadores e documentos diversos.
No Rio, ao todo, foram cumpridos sete mandados de prisão e 11 de busca e apreensão. Também houve mandados sendo cumpridos em Manaus (AM), Teresina (PI), São Paulo (SP) e Campo Grande (MS).

As investigações começaram ainda em 2023. De acordo com a PF, um servidor e duas funcionárias terceirizadas do banco foram aliciados pelos criminosos. Em troca de propina, os profissionais liberaram o acesso do grupo ao aplicativo Caixa-Tem, que gerencia as contas digitais sociais da instituição financeira e por onde são geridos os valores de benefícios sociais.

Ainda segundo a corporação, após conseguirem acesso às contas digitais sociais, a quadrilha desviava os valores oriundos de programas de transferência de renda. Para receber a quantia, os criminosos abriram diversas contas bancárias em nome de pessoas em situação de rua.

“Uma análise minuciosa das contas bancárias utilizadas pela organização criminosa levou à conclusão de que as mesmas foram abertas em nome de terceiros que não tinham conhecimento acerca das fraudes, e eram utilizadas unicamente para abrigar os montantes desviados das contas digitais sociais”, explica a PF.

Em seguida, os valores eram integralmente divididos entre os membros da quadrilha. O prejuízo estimado é de cerca de R$ 10 milhões.

Além do crime de integrar organização criminosa, os investigados responderão pelos crimes de furto qualificado, inserção de dados falsos em sistema de informações e lavagem de dinheiro.

O nome da operação faz referência ao santo padroeiro dos moradores de rua.


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