Bruna Geremia e a mãe estão há pelo menos quatro meses no McDonalds do LeblonArquivo / Pedro Teixeira / Agência O Dia
Publicado 17/07/2024 16:22 | Atualizado 17/07/2024 17:32
Rio - Bruna Muratori Geremia, de 31 anos, que vive com a mãe na loja do McDonald's na esquina das ruas Carlos Góis e Ataulfo de Paiva, no Leblon, na Zona Sul do Rio, há pelo menos quatro meses, alega ter sido agredida na noite de sábado (13). O caso está sendo investigado pela Polícia Civil.
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Em entrevista à coluna F5, do jornal 'Folha de S. Paulo', Bruna disse que uma mulher se sentou para lanchar na mesa ao lado de onde ela e a mãe, Susane Geremia, de 64 anos, estavam. Logo depois, a suspeita teria a xingado, mas ela preferiu não reagir às provocações para não criar tumulto. A agressora teria continuado os ataques verbais na calçada e avançou contra a mulher.
"Foi horrível. Corri para a delegacia e registrei a queixa na hora. Agora os policiais pediram as câmeras de várias lojas da rua para as investigações. Não dá mais para ficar aqui. Infelizmente, estou vendo alguns apartamentos mais distantes dessa área que nós queríamos ficar. O que der para fechar, vou fechar. Precisamos sair daqui", disse.
O caso está sendo investigado pela 14ª DP (Leblon).
Loja usada como moradia desde o Carnaval
Bruna e Susane estão "morando" no McDonald's desde, pelo menos, o mês de abril, quando o caso viralizou. No entanto, moradores destacaram que ambas são vistas no espaço desde fevereiro. Ela usam a loja para ficar com cinco malas e se alimentar. Entre o período sem funcionamento, as duas ficam do lado de fora aguardando a reabertura para voltar a ocupar as mesas do fast-food.
Mesmo que relutantes em falar sobre o caso, por não gostarem da exposição, elas concederam uma entrevista ao DIA em abril. Na época, Bruna disse não compreender a repercussão do caso.
"As pessoas criaram um problema para mim e para minha mãe. Estávamos resolvendo uma situação. Estamos procurando um lugar para ficar. É comum essa situação. Não tem apartamento. Ou colocam o preço lá em cima por causa do turismo, está difícil demais. As pessoas querem lucrar".
Bruna e Susane esperam conseguir um local para morar para que consigam retomar a vida normalmente. As duas afirmaram ainda que na Europa e Estados Unidos a situação é comum de acontecer. "Achei surreal essa história toda. Não permito invasão na minha vida, de ninguém. Sou furiosa com essas coisas", disse a filha.
Em maio, a mulher abriu uma vaquinha online para conseguir alugar um apartamento. A campanha tinha como meta R$ 10 mil, mas até o dia 7 daquele mês havia adquirido apenas R$ 225.
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