Publicado 02/08/2024 10:00
Rio - A Polícia Civil realiza uma operação, nesta sexta-feira (2), com objetivo de cumprir 35 mandados de busca e apreensão contra suspeitos de praticarem crimes de associação criminosa e lavagem de dinheiro decorrente da comercialização ilícita de cobre. Dentre os alvos estão uma empresa, responsável por extrair, ilegalmente, cinco toneladas de cabos do município de Belford Roxo, na Baixada Fluminense.
Segundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), as investigações tiveram início em 19 de fevereiro deste ano, após a apreensão do material em Nova Iguaçu, na mesma região, e identificaram que empresa é licenciada pela Secretaria de Meio Ambiente de Belford Roxo. Os proprietários foram identificados como Wellington Alves Da Silva e Milton Peixoto Da Costa.
A licença de operações, no entanto, foi dada sem qualquer procedimento licitatório ou administrativo, e a extração ocorreu sem nenhuma perícia técnica, ainda sem ciência ou autorização da concessionária de serviço público, que teve seu material roubado. Os cabos extraídos eram armazenados na empresa e na residência dos investigados em péssimas condições ambientais.
Ao longo da investigação, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas envolvendo os investigados e sua empresa, que indicavam a prática de lavagem de dinheiro decorrente da comercialização de cobre obtido de forma ilícita. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontou que entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, apenas Wellington movimentou mais de R$ 28 milhões, valor incompatível com a sua capacidade financeira declarada.
Wellington e Milton coordenavam a compra do cobre desviados e, em seguida, revendiam o material. As movimentações financeiras incluíam a rápida retirada de dinheiro de suas contas bancárias, transferindo para contas de familiares, empresas de fachada e saques em espécie de forma fracionada, sugerindo a ocorrência do crime de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, o roubo desse tipo de material, além de afetar a continuidade da prestação de serviços essenciais, gera sérios riscos e transtornos à população em geral. Quem adquire ou comercializa materiais provenientes de furto e roubo do patrimônio de concessionárias de serviços públicos está sujeito à pena de três a oito anos de reclusão, além da possibilidade de responsabilização criminal por outros delitos, aplicação de multa e interdição do estabelecimento comercial.
As ações da DRF também pretendem orientar os proprietários dos ferros-velhos e recicladoras. A investigação continua em andamento, visando a completa elucidação dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.
PublicidadeSegundo a Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), as investigações tiveram início em 19 de fevereiro deste ano, após a apreensão do material em Nova Iguaçu, na mesma região, e identificaram que empresa é licenciada pela Secretaria de Meio Ambiente de Belford Roxo. Os proprietários foram identificados como Wellington Alves Da Silva e Milton Peixoto Da Costa.
A licença de operações, no entanto, foi dada sem qualquer procedimento licitatório ou administrativo, e a extração ocorreu sem nenhuma perícia técnica, ainda sem ciência ou autorização da concessionária de serviço público, que teve seu material roubado. Os cabos extraídos eram armazenados na empresa e na residência dos investigados em péssimas condições ambientais.
Ao longo da investigação, foram identificadas movimentações financeiras suspeitas envolvendo os investigados e sua empresa, que indicavam a prática de lavagem de dinheiro decorrente da comercialização de cobre obtido de forma ilícita. O Conselho de Controle de Atividades Financeiras (COAF) apontou que entre janeiro de 2022 e novembro de 2023, apenas Wellington movimentou mais de R$ 28 milhões, valor incompatível com a sua capacidade financeira declarada.
Wellington e Milton coordenavam a compra do cobre desviados e, em seguida, revendiam o material. As movimentações financeiras incluíam a rápida retirada de dinheiro de suas contas bancárias, transferindo para contas de familiares, empresas de fachada e saques em espécie de forma fracionada, sugerindo a ocorrência do crime de lavagem de dinheiro.
Segundo a Polícia Civil, o roubo desse tipo de material, além de afetar a continuidade da prestação de serviços essenciais, gera sérios riscos e transtornos à população em geral. Quem adquire ou comercializa materiais provenientes de furto e roubo do patrimônio de concessionárias de serviços públicos está sujeito à pena de três a oito anos de reclusão, além da possibilidade de responsabilização criminal por outros delitos, aplicação de multa e interdição do estabelecimento comercial.
As ações da DRF também pretendem orientar os proprietários dos ferros-velhos e recicladoras. A investigação continua em andamento, visando a completa elucidação dos fatos e a responsabilização dos envolvidos.
Procurada, a Prefeitura de Belford Roxo informou que cancelou em março a licença operacional da empresa citada, pois a mesma descumpriu as condicionantes determinadas em lei.
"Cabe ressaltar que todas as licenças ambientais são concedidas mediante a análise minuciosa e criteriosa dos documentos apresentados pelo solicitante. A Prefeitura salienta ainda que não tem nenhum tipo de gerência sobre qualquer empresa, que deve ser punida na forma da lei caso não cumpra as normas estabelecidas", disse em nota.
"Cabe ressaltar que todas as licenças ambientais são concedidas mediante a análise minuciosa e criteriosa dos documentos apresentados pelo solicitante. A Prefeitura salienta ainda que não tem nenhum tipo de gerência sobre qualquer empresa, que deve ser punida na forma da lei caso não cumpra as normas estabelecidas", disse em nota.
À reportagem não conseguiu contato com a defesa dos envolvidos. O espaço está aberto para manifestações.
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