Publicado 07/08/2024 06:55
Rio - Após uma quarta audiência realizada na tarde desta terça-feira (14), os acusados de matar Cauã Neres, de 17 anos, em Santa Cruz, na Zona Oeste, por causa de um celular, irão a novo júri no próximo 5 de setembro, a partir das 11h. O adolescente foi espancado e morto pelos amigos em um bar, em julho de 2022, e teve o corpo jogado no Rio Guandu, sob um viaduto na Rodovia Rio-Santos.
Segundo o Tribunal de Justiça do Rio, a medida de uma nova sessão ocorre após o Conselho de Sentença, composto pelos sete jurados, ser dissolvido, ainda durante a fase de debates, em razão da defesa do réu Jorge Mendes Macedo não conseguir, durante sua explanação de 12 minutos, concluir sua tese de defesa do acusado.
"Com isso, o juízo considerou o réu indefeso perante ao seu direito de isonomia de defesa em relação ao Ministério Público, Assistência de Acusação e aos demais réus. Assim, os jurados foram dispensados e um novo júri foi designado", disse em nota.
Dentre os acusados estão Ricardo dos Anjos Camargo, Weslley Silva Nascimento Carvalho, Gabriel Werneck Guimarães, Gustavo Henrique Frazão Romão e Jorge Mendes Maced.
PublicidadeSegundo o Tribunal de Justiça do Rio, a medida de uma nova sessão ocorre após o Conselho de Sentença, composto pelos sete jurados, ser dissolvido, ainda durante a fase de debates, em razão da defesa do réu Jorge Mendes Macedo não conseguir, durante sua explanação de 12 minutos, concluir sua tese de defesa do acusado.
"Com isso, o juízo considerou o réu indefeso perante ao seu direito de isonomia de defesa em relação ao Ministério Público, Assistência de Acusação e aos demais réus. Assim, os jurados foram dispensados e um novo júri foi designado", disse em nota.
Dentre os acusados estão Ricardo dos Anjos Camargo, Weslley Silva Nascimento Carvalho, Gabriel Werneck Guimarães, Gustavo Henrique Frazão Romão e Jorge Mendes Maced.
Ao DIA, a mãe da vítima, Vanessa Neres, revelou o sofrimento após mais uma audiência sem resultado. "Estou muito mal mesmo, não consegui dormir, me dói o corpo inteiro, me dói muito, eu vi fotos que eu não tinha visto, não sabia de algumas coisas, é muito doloroso para uma mãe ver aquilo que eu vi, mas tenho certeza que meu filho está com Deus", lamentou.
Vanessa ainda comentou sobre a crueldade dos acusados e o que espera ao fim do julgamento. "As outras mães criaram um bicho, aquilo não é gente não, se fosse meu filho eu não gastaria R$ 1 nem para ir visitar, quanto mais pagar advogado. Dói da minha unha até meu último fio de cabelo. Mais uma audiência vai ter, passar por isso tudo novamente, não sei mais o que fazer, não sei mais de nada. Eu queria era meu filho de volta, mas isso sei que não vou ter. Mas eu vou lutar até o fim, se não for o que eu espero, que eles tenham uma pena máxima, eu vou recorrer quantas vezes for preciso para fazer Justiça pelo meu filho", disse.
Relembre o caso
Cauã Neres, de 17 anos, foi morto na madrugada do dia 10 de julho depois de sair com cinco amigos para um bar em Santa Cruz. De acordo com as investigações, um dos integrantes do grupo havia perdido o celular e o adolescente encontrou o aparelho. Os jovens, porém, acusaram o rapaz de tentar disfarçar uma tentativa de furto.
Como punição, o grupo decidiu dar um "susto" em Cauã. Eles o agrediram brutalmente, estrangulando a vítima até a morte. Em seguida, os amigos jogaram o corpo do adolescente no Rio Guandu, sob um viaduto na Rodovia Rio-Santos. O corpo foi encontrado pela Polícia Civil três dias depois, no local apontado pelos cinco acusados.
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