Pedro Lucas Oliveira Ramos, de 20 anos, foi morto a tiros por acusação de abuso sexualArquivo Pessoal
Publicado 12/08/2024 16:54
Rio - A Polícia Civil investiga a morte de Pedro Lucas Oliveira Ramos, de 20 anos, ocorrida na quarta-feira passada (7), em Vargem Pequena, na Zona Oeste. O jovem foi assassinado a tiros no meio de uma rua pelo pai de uma adolescente, de 14 anos, que o acusou de tê-la abusado sexualmente. Familiares da vítima negam o abuso e garantem que a menina inventou a história.
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Ao DIA, Mônica Oliveira Ramos, mãe de Pedro Lucas, disse que o filho morreu por causa de uma fofoca de adolescente. Segundo ela, a inocência do filho já foi provada e a própria menina confessou que inventou a história do abuso.
Mônica revelou que, no mesmo dia do assassinato, ela recebeu em casa a mãe da menina e a própria adolescente para conversar sobre o assunto. De acordo com a acusação, Pedro Lucas teria estuprado a menina em 10 de julho, mas a história só veio à tona na quarta-feira (7), data do homicídio. Mônica sugeriu que a mulher registrasse o caso para que fosse feito um exame de corpo de delito e a investigação começasse, mas, o filho foi assassinado minutos após a conversa.
"Meu filho morreu por uma fofoca de adolescente. Ele já estava namorando com uma outra menina. Eu consegui entrar no telefone dele logo depois que enterrei ele e vi que essa menina fazia da vida dele e da namorada um inferno. Acabei de vir da delegacia e deixei tudo lá, todas as provas da sua inocência. A menina faz parte disso porque inventou uma história e isso tirou a vida do meu filho. Ele foi morto inocentemente dez minutos depois de a família dela ter saído da minha casa, por uma briga e ciúmes de adolescente. A data em que ela falou é impossível, pois foi no dia do meu aniversário. Ninguém que foi estuprado em 10 de julho vai sentir dor em 7 de agosto. Provavelmente, essa menina deve estar grávida", alega.
Câmeras de segurança flagraram o momento do homicídio. Pedro anda pela rua sozinho a caminho do trabalho quando é abordado pelo irmão e pelo pai do adolescente, responsável pelos disparos. Ele tenta fugir, mas é atingido por pelo menos três tiros e morre no local. 
Veja o vídeo:
Segundo familiares, a família que acusou o jovem de estupro desapareceu após o crime. Moradores chegaram a fazer um protesto pedindo justiça no dia do assassinato. Pedro foi enterrado na sexta-feira (9) no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, na Zona Portuária.
"Ele era um menino muito querido e muito bom, amigo e carinhoso. Perdi a vida do meu filho. Estou tendo que dormir com remédios. O que está me dando forças para lutar é o ódio. Não consegui viver o luto do meu filho ainda. Só vou conseguir quando tudo isso acabar. Não sei o que farei da minha vida, pois ele era o meu único filho. A única coisa que quero é justiça. Ele foi morto por uma injustiça, de uma forma muito absurda e trágica. Ela criou uma fofoca e o pai ficou esperando o meu filho na esquina. O irmão disse que iam resolver da maneira deles. Ele não deram chance para o meu filho, que não esperava. Eu o enterrei com muita dor. Meu filho morreu inocente e sem chance de defesa. A menina confessou que não foi estupro, que ela já tinha ficado com outras pessoas e que tinha até namorado", completou Mônica.
O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
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