Wesley da Silva Alves de Souza, de 21 anosReprodução
Publicado 20/08/2024 16:18 | Atualizado 20/08/2024 16:59
Rio - O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) denunciou, nesta segunda-feira (19), Wesley da Silva Alves de Souza, 21 anos, por homicídio duplamente qualificado, cometido contra o melhor amigo, Caio da Silva Rendão. O crime aconteceu em fevereiro deste ano, no bairro Coelho da Rocha, em São João de Meriti, na Baixada Fluminense. O corpo da vítima só foi encontrado no dia 10 de junho após ter sido enterrado em um canteiro de obras.
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Segundo a denúncia, a vítima foi morta em razão de uma dívida, o que caracteriza motivo torpe. Além disso, de acordo com o Ministério Público, o fato de serem amigos facilitou a ação criminosa, já que Caio não suspeitava que seria atacado. 
Após o homicídio, o corpo de Caio foi destruído e colocado em um saco, enrolado em um lençol e descartado em uma construção próxima à casa de Wesley. Em junho, um pedreiro que trabalhava no local encontrou os restos mortais da vítima. Ao perceber que o cadáver havia sido descoberto, Wesley tentou ocultá-lo ao jogar em um telhado de uma casa. Ele fugiu em seguida.
O acusado havia sido preso, temporariamente, no dia 13 de junho. Na ocasião, ele estava escondido na casa de familiares em Belford Roxo, também na Baixada. Na ocasião, ele chegou a admitir o crime aos agentes da Delegacia de Homicídios (DHBF). O pedido de prisão foi estendido por mais um mês, no decorrer das investigações. No entanto, o prazo chegou ao fim na terça-feira (13), e ele foi solto
Segundo o Ministério Público, isso aconteceu porque o prazo da prisão acabou antes da conclusão das investigações. O trabalho da Polícia Civil teria demorado por conta da complexidade do caso, que envolveu a análise de dados telefônicos e telemáticos para que fosse possível individualizar a conduta de Wesley e um outro acusado pelo crime. A denúncia foi feita através da 1ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Especializada dos Núcleos de Duque de Caxias e Nova Iguaçu.
O segundo envolvido é Júlio César Regis dos Santos Pereira, conhecido como "Pastorzinho". Conforme a denúncia, ele procurou a mãe de Caio e a obrigou a pagar um valor. Ele dizia que estava com ele, apesar de Caio já estar morto naquele momento.
"O MPRJ requereu a prisão preventiva dos acusados, sustentando que os crimes imputados são de extrema gravidade, hediondos e praticados de maneira desproporcional, evidenciando a periculosidade dos denunciados", finaliza a denúncia.
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