Publicado 20/08/2024 17:25
Rio - A Praça Tiradentes, no Centro, vai receber a partir desta quarta-feira (21) uma exposição gratuita, que celebra a riqueza cultural do trabalho feito pelas artesãs do Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais. A mostra destaca obras de Dona Izabel, uma das mais premiadas ceramistas da região. Morta em 2014, aos 90 anos, ela é reconhecida como a "Dama do Barro do Jequitinhonha", além de ser a criadora das famosas bonecas-moringa.
PublicidadeA exposição oferece um mergulho no legado da artesã, cuja obra conquistou reconhecimento nacional e internacional. São 300 obras da artesã, distribuídas em oito salas do Centro Sebrae de Referência do Artesanato Brasileiro (CRAB).
"Homenagear Dona Izabel em seu centenário de nascimento é reconhecer a trajetória de uma artista que extrapola os limites de seu território e se lança por um extenso vale mineiro, de onde transborda para o Brasil e o mundo. Ela escreveu uma linda história sobre o artesanato e a arte da cerâmica no Brasil e nos deixou um legado único", explica Ricardo Lima, curador do evento.
Trajetória
Natural de Córrego Novo, uma pequena comunidade rural próxima a Itinga, no interior de Minas, a artista nasceu em 3 de agosto de 1924. Descobriu o universo do barro ainda criança, observando sua mãe, uma "paneleira", criar utensílios domésticos com a matéria-prima abundante na região.
A arte popular no local surgiu como uma forma de resistência e sobrevivência, com as mulheres do Vale assumindo papéis centrais na produção artesanal.
A década de 1970 marcou uma virada na carreira da artista, quando ela começou a criar as famosas grandes bonecas. Originalmente projetadas para conter água, essas peças evoluíram para esculturas de um metro ou mais.
O reconhecimento veio por meio de prêmios importantes, como o Prêmio Unesco de Artesanato Popular para a América Latina e Caribe, a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura do Brasil e o Prêmio Culturas Populares do MinC. Em 2016, sua obra foi celebrada com uma série especial de selos postais emitida pelos Correios.
Natural de Córrego Novo, uma pequena comunidade rural próxima a Itinga, no interior de Minas, a artista nasceu em 3 de agosto de 1924. Descobriu o universo do barro ainda criança, observando sua mãe, uma "paneleira", criar utensílios domésticos com a matéria-prima abundante na região.
A arte popular no local surgiu como uma forma de resistência e sobrevivência, com as mulheres do Vale assumindo papéis centrais na produção artesanal.
A década de 1970 marcou uma virada na carreira da artista, quando ela começou a criar as famosas grandes bonecas. Originalmente projetadas para conter água, essas peças evoluíram para esculturas de um metro ou mais.
O reconhecimento veio por meio de prêmios importantes, como o Prêmio Unesco de Artesanato Popular para a América Latina e Caribe, a Ordem do Mérito Cultural do Ministério da Cultura do Brasil e o Prêmio Culturas Populares do MinC. Em 2016, sua obra foi celebrada com uma série especial de selos postais emitida pelos Correios.
O CRAB fica na Praça Tiradentes, 69/71. O funcionamento é de terça-feira a sábado, das 10h às 17h, com entrada franca (basta apresentar documento com foto).
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