Jonhy Bravo, chefe do tráfico da Rocinha, é considerado foragido da JustiçaDivulgação
Publicado 26/08/2024 12:04
Rio - Imagens que circulam nas redes sociais mostram a festa de aniversário do chefe do tráfico da Rocinha, na Zona Sul, John Wallace da Silva Viana, o Johny Bravo. O evento teria acontecido neste domingo (25), data em que o criminoso, que está foragido da Justiça, completa 36 anos. O Disque Denúncia pede informações que levem ao paradeiro do traficante.

No vídeo, Jonhy Bravo aparece ao lado do gerente da comunidade, Leandro Pereira da Rocha, o Bambu da Rocinha. Com camisa preta e cordões de ouro, ele cantou parabéns e recebeu "chuva" de confetes prateados. A festa teve ainda música alta, telão e um bolo de quatro andares. Em outra filmagem, uma queima de fogos foi registrada em comemoração.
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Procurada, a Polícia Civil ainda não respondeu se investiga o caso. Já a Polícia Militar informou que, de acordo com o comando da Unidade de Polícia Pacificadora, a UPP da Rocinha não recebeu, até o momento, nenhuma denúncia ou acionamento sobre o caso.
Quem é Johny Bravo?
Johny Bravo é apontado como integrante da facção criminosa Comando Vermelho (CV). Segundo investigações, ele assumiu a liderança do tráfico de drogas na comunidade após a invasão por divergências do traficante Rogerinho 157 com o criminosos Antônio Bomfim Lopes, o Nem, que está preso numa penitenciária federal em Rondônia.

De acordo com informações recebidas pelo Disque Denúncia, em 2014 ele teria saído do Brasil e fugido para a Suíça por desavenças com sua quadrilha. Essa não teria sido sua única viagem internacional: Jhony, que fala inglês fluente, viajava frequentemente para o exterior.

O traficante também é responsável pela comercialização de "gatonet" (recepção não autorizada do sinal de TV por assinatura), assinaturas de internet e botijão de gás. Dentre as cobranças também estão aluguel de R$ 300 para jogar no campo de futebol público no alto do Vidigal.
Além disso, ele foi o principal articulador e mentor da invasão ao Morro da Mineira no dia 26 de agosto do mês passado. Grande parte das armas para invasão foram fornecidas por ele.
Jonhy foi ainda um dos indiciados pela Delegacia de Homicídios da Capital, pela morte de Ana Cristina da Silva, de 25 anos. A vítima estava indo com o filho para o bar onde trabalhava, quando ficou no meio do tiroteio. No momento dos disparos, ela se curvou sobre o filho de três anos para protegê-lo e acabou sendo atingida por tiros de fuzil na cabeça e na barriga.

Contra ele constam seis mandados de prisão por tráfico de drogas, associação para o tráfico e homicídio.
Já seu comparsa, Leandro Pereira da Rocha, o Bambu, também foragido, responde por outros diversos crimes como tráfico de drogas, associação para a produção e tráfico, dano qualificado, resistência, homicídio qualificado, roubo majorado e crimes do sistema nacional de armas.
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