Secretário Adilson Faria foi roubado na Rua Erasmo Braga, no Centro, em maio deste anoDivulgação / Ernesto Carriço / Governo do Rio
Publicado 26/08/2024 19:36
Rio - A Justiça do Rio tornou ré uma uma quadrilha por roubar uma mochila com R$ 10.400,00, e outros pertences, do secretário de Estado de Planejamento e Gestão, Adilson Faria. O crime aconteceu em maio deste ano na Rua Erasmo Braga, no Centro do Rio, e teve participação de cinco pessoas.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público do Estado do Rio (MPRJ), a vítima foi abordada enquanto desembarcava de um carro, que era dirigido por Yuri Sampaio de Carvalho. Segundo as investigações, o homem, que ocupava o cargo de motorista oficial do chefe de gabinete da Secretaria de Estado da Casa Civil, estaria envolvido no esquema.
As investigações apontaram que o roubo foi executado por Luiz Henrique da Silva, conhecido como Magrão, que, armado, exigiu que o secretário entregasse a mochila.
Enquanto o acusado fazia ameaças a Adilson, Fabio Aguiar Correa do Nascimento, o Bob, aguardava em uma moto, pronto para fugir. Assim que a mochila foi entregue, Luiz Henrique subiu na garupa no veículo, e ambos fugiram do local.

De acordo com a 2ª Promotoria de Justiça de Investigação Penal Territorial Centro e Zona Portuária, o crime foi meticulosamente planejado. Yuri teria informado aos comparsas a localização exata da vítima, facilitando a abordagem no momento mais oportuno.
Wesley Linhares Alexandre teria atuado como intermediário, repassando as informações fornecidas por Yuri a Fabio Aguiar. Bruna França Nunes, por sua vez, vigiava a movimentação no local do crime, garantindo que a ação fosse realizada sem interferência da polícia.
Todos os integrantes do grupo foram denunciados pelo crime de roubo à mão armada. No dia 13 de junho, o juiz Carlos Eduardo Carvalho de Figueiredo, da 19ª Vara Criminal da Comarca do Rio, aceitou a denúncia e tornou os cinco réus pelo crime. Ele ainda decretou a prisão preventiva dos acusados.
"O modo de execução do crime demonstra a periculosidade dos agentes e corrobora o entendimento da necessidade de segregação, consubstanciado na necessidade real da garantia da ordem pública. Ademais, a liberdade dos acusados também estaria a representar inconvenientes para a instrução criminal, colocando em risco, inclusive, a aplicação da Lei Penal, assim, a prisão preventiva dos acusados é a forma de se proteger a persecução penal em todo o seu iter procedimental", escreveu o magistrado.
Até o momento, pelo menos Yuri já se encontra preso pelo processo. No dia 31 de julho, Carlos Eduardo negou o pedido de liberdade protocolado pela defesa do acusado. A próxima audiência sobre o caso está marcada para esta terça-feira (27).
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