Publicado 31/08/2024 13:38
Rio - A Polícia Civil prendeu em flagrante pelo crime de injúria racial Susane Paula Muratori, de 64 anos, que vive há meses com a filha, Bruna Muratori, de 31, em um McDonald's no Leblon, Zona Sul do Rio. As duas haviam sido conduzidas à 14ª DP (Leblon), nesta sexta-feira (30), após terem sido acusadas de racismo por grupo de cinco adolescentes.
Bruna foi liberada pelos agentes da distrital ainda durante a noite, mas a mãe acabou ficando detida na unidade. Segundo relato da mãe de uma das vítimas ao RJTV1, da TV Globo, Susane teria chamado uma das garotas de "preta nojenta", "pobre" e "pretinha".
A mãe da adolescente, identificada como Bruna Medina de Souza, explicou ainda que a confusão teria começado porque as adolescentes estavam no restaurante conversando e rindo. As "moradoras da lanchonete", segundo as adolescentes, se incomodaram e começaram a filmá-las.
As ofensas começaram durante o registro, quando as meninas disseram ter sido chamadas de "fedelhas", "pretas" e também de "vagabundinhas". O pai de uma das vítimas ouviu da filha que as duas mulheres disseram que aquele não era lugar para "pobre" e "negros".
O crime foi registrado na 14ª DP (Leblon), onde as testemunhas foram ouvidas e Susane autuada pelo crime de injúria racial. Agora, o caso segue para a Justiça. No fim da manhã, a mulher foi transferida para presídio em Benfica, na Zona Norte.
PublicidadeBruna foi liberada pelos agentes da distrital ainda durante a noite, mas a mãe acabou ficando detida na unidade. Segundo relato da mãe de uma das vítimas ao RJTV1, da TV Globo, Susane teria chamado uma das garotas de "preta nojenta", "pobre" e "pretinha".
A mãe da adolescente, identificada como Bruna Medina de Souza, explicou ainda que a confusão teria começado porque as adolescentes estavam no restaurante conversando e rindo. As "moradoras da lanchonete", segundo as adolescentes, se incomodaram e começaram a filmá-las.
As ofensas começaram durante o registro, quando as meninas disseram ter sido chamadas de "fedelhas", "pretas" e também de "vagabundinhas". O pai de uma das vítimas ouviu da filha que as duas mulheres disseram que aquele não era lugar para "pobre" e "negros".
O crime foi registrado na 14ª DP (Leblon), onde as testemunhas foram ouvidas e Susane autuada pelo crime de injúria racial. Agora, o caso segue para a Justiça. No fim da manhã, a mulher foi transferida para presídio em Benfica, na Zona Norte.
Confusão no McDonald's do Leblon
Segundo a Secretaria de Estado de Governo (Segov), policiais do Leblon Presente foram acionados para o estabelecimento, localizado na Rua Ataulfo de Paiva, para verificar um possível caso de racismo.
Testemunhas informaram aos agentes que a adolescente e a mãe entraram no local para comprar um lanche e teriam fotografado as duas mulheres.
Susane e Bruna teriam se irritado com a situação e feito ofensas de cunho racista. A equipe então conduziu todos os envolvidos para a 14ª DP (Leblon). As malas das "moradoras" do estabelecimento também foram levadas à delegacia.
Moradoras do McDonalds
Susane e Bruna "vivem" no restaurante desde fevereiro deste ano, após terem saído de imóvel alugado. No restaurante de fast food, as duas ficam sentadas em mesas onde deixam também suas malas. O local funciona das 10h às 5h da manhã. Nesse intervalo, mãe e filha costumam aguardar na calçada do estabelecimento. A situação ganhou repercussão em abril, quando o caso viralizou nas redes sociais.
Dívidas de aluguel
Em 2017, mãe e filha foram condenadas pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul pelo não pagamento de quatro meses de aluguel, entre agosto e novembro. A dívida soma quase R$ 10 mil.
No Rio de Janeiro, os primeiros registros são de 2019. Há ao menos três dívidas nos nomes das duas. Em uma delas, a Justiça condenou ambas e determinou o despejo, por acumularem déficit de R$ 13 mil. Em outro, a avaliação do juiz foi de que se tratava de um caso hipossuficiência, ou seja, elas não tinham condições financeiras de arcar com as dívidas.
Em entrevista ao DIA, Bruna chegou a dizer que os casos da Justiça já haviam sido resolvidos.
"As pessoas criaram um problema para mim e para minha mãe. Estávamos resolvendo uma situação. Estamos procurando um lugar para ficar. É comum essa situação", disse Bruna.
No Rio de Janeiro, os primeiros registros são de 2019. Há ao menos três dívidas nos nomes das duas. Em uma delas, a Justiça condenou ambas e determinou o despejo, por acumularem déficit de R$ 13 mil. Em outro, a avaliação do juiz foi de que se tratava de um caso hipossuficiência, ou seja, elas não tinham condições financeiras de arcar com as dívidas.
Em entrevista ao DIA, Bruna chegou a dizer que os casos da Justiça já haviam sido resolvidos.
"As pessoas criaram um problema para mim e para minha mãe. Estávamos resolvendo uma situação. Estamos procurando um lugar para ficar. É comum essa situação", disse Bruna.
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