Publicado 11/09/2024 12:29
Rio - No último final de semana, principalmente no interior, moradores do Estado do Rio presenciaram o sol laranja. O fenômeno aconteceu por conta da grande quantidade de partículas provenientes das queimadas que acontecem no país.
PublicidadeGuilherme Borges, meteorologista do Climatempo, explicou que o fenômeno ocorre por conta da interação dos raios solares com a poluição presente na atmosfera.
"O sol laranja, predominantemente, tem aparecido ao longo dos últimos dias de maneira ampla em áreas do Brasil porque a gente está com um cenário de fumaças muito intensificado nos últimos dias. Tem muita fumaça espalhada e o sol fica com essa característica mais alaranjada principalmente pela interação dos raios solares com esse particular de suspensão na atmosfera", explicou.
E completou: "Conseguimos observar a fumaça chegando em ambas áreas do estado. Hoje a concentração está limpa, mas nos dias anteriores dessa semana, já vimos a fumaça chegar ao Rio. A situação agravou pois a gente tinha alguns focos de queimadas na Zona da Mata Mineira, então consequentemente tem um aumento dessa concentração de poluentes na atmosfera."
Segundo Guilherme, o fenômeno pode acontecer durante o nascer e o pôr do sol, quando os raios estão menos intensos.
"Quando o sol está se pondo ou nascendo, essa característica mais avermelhada aparece porque a interação raios solares com esta camada de poluentes, a olho nu, com o sol mais baixo, é quando mais aparece", disse.
De acordo com o boletim diário de qualidade do ar, realizado pelo Inea, por meio do monitoramento das concentrações de poluentes na atmosfera e de três programas de controle da poluição do ar, no sábado (7), das 56 estações que fazem o controle, 25% estiveram classificadas como moderada e 2% como ruim.
O maior poluente no índice de qualidade do ar foi o Material Particulado Inalável (MP10), sendo determinante em 43% das estações.
Além disso, entre as diferentes zonas do estado, a região com pior qualidade do ar foi a Serrana, onde entre três estações, uma foi considerada ruim, uma moderada e a última boa, visto que ultrapassaram o limite diário desejável de 45 µg/m³ estabelecido pela OMS. Em Macuco, chegou a ser registrado 89 µg/m³ do MP2,5, cujo limite diário é de 15 µg/m³.
Já no domingo (8), a situação no estado piorou, com 49% das 57 estações tendo classificado a qualidade do ar como moderada e 4% como ruim.
Entre as estações da região do Médio Paraíba, somente uma apresentou qualidade boa. Na Metropolitana, Duque de Caxias registrou qualidade do ar ruim, com 90 µg/m³ de MP10. Já na Costa Verde, todas marcaram qualidade moderada.
Já no domingo (8), a situação no estado piorou, com 49% das 57 estações tendo classificado a qualidade do ar como moderada e 4% como ruim.
Entre as estações da região do Médio Paraíba, somente uma apresentou qualidade boa. Na Metropolitana, Duque de Caxias registrou qualidade do ar ruim, com 90 µg/m³ de MP10. Já na Costa Verde, todas marcaram qualidade moderada.
Nas redes sociais, internautas se mostraram preocupados com a coloração do sol durante o fim de semana.
"Desci a serra de Teresópolis pro Rio hoje a tarde e o ar está bizarro. Num pedaço da estrada onde eu pegaria sol direto na cara, o sol mais parecia uma lua laranja, que nem incomodava a visão, de tanta névoa de fumaça", relatou um internauta.
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