Publicado 10/09/2024 16:40
Rio – A Cedae informou, nesta terça-feira (10), que dois importantes sistemas produtores do estado entraram em estágio de alerta. De acordo com a empresa, a preocupação no Imunana-Laranjal e no Acari se dá pela ausência de chuva persistente há dias. A Companhia Estadual de Águas e Esgotos é responsável por captar e tratar a água distribuída no Rio de Janeiro.
PublicidadeO sistema Imunana-Laranjal, que atende municípios do Leste Metropolitano, ainda opera na capacidade máxima, mas corre o risco de sofrer uma queda na captação de água devido à estiagem. Com isso, podem ter o abastecimento reduzido São Gonçalo, Niterói, Itaboraí e Maricá (nos bairros Inoã e Itaipuaçu).
A Cedae destaca que a Águas do Rio e a Águas de Niterói, fornecedoras nessas regiões, já estão cientes da situação. Para que a captação se normalize, a empresa aponta que a única saída é o retorno da chuva na bacia do Canal de Imunana, formado pelos rios Guapiaçu e Macacu.
Já no sistema Acari, de onde sai a água para localidades de Nova Iguaçu (Tinguá e São Pedro), Duque de Caxias (Xerém e Mantiquira) e Queimados (Rio D’Ouro), na Baixada, a ausência de chuva é considerada "histórica" pela Cedae.
A empresa informou que a concessionária Águas do Rio, como paliativo, direciona para a região da água do Sistema Guandu, que opera com 100% da capacidade. No entanto, como a captação por lá ocorre em mananciais menores, a dependência do volume de chuvas é ainda maior para que o sistema opere em sua totalidade.
Seca severa
Segundo o Centro Nacional de Monitoramento de Desastres Naturais (Cemaden), a seca atual é a mais severa das últimas sete décadas no Brasil. O instituto aponta que cerca de 5 milhões de km2, ou 58% de todo o território nacional, já foram castigados pela estiagem neste ano, o que gera as mais diversas ocorrências. E como não há expectativa de chuva significativa ao menos até novembro, o cenário deve seguir.
No Centro-Oeste e no Sudeste, onde está o Rio de Janeiro, por exemplo, a maior preocupação é com os incêndios, que se tornam mais frequentes com o clima seco. De acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram detectados 760 focos de queimadas em áreas de mata no território fluminense somente neste ano.
Trata-se de um recorde de ocorrências registradas desde 2017, quando foram contabilizados 959 focos. Tal número, inclusive, pode crescer, já que setembro e outubro apresentam uma média histórica elevada de incêndios florestais.
O Corpo de Bombeiros divulgou que até agosto passado havia realizado 6.178 atendimentos a mais do que no mesmo período de 2023 - um aumento de cerca de 85%. No pódio dos municípios mais atingidos, estão Rio de Janeiro (4.513), São Gonçalo (569) e Duque de Caxias (561).
Diante do tempo seco, a recomendação é para que a população redobre os cuidados com a saúde, sobretudo com a hidratação. Mas a Cedae alerta os consumidores para usarem água com consciência, adiando tarefas não essenciais que demandem grande consumo, até que a situação se normalize nos sistemas produtores.
No Centro-Oeste e no Sudeste, onde está o Rio de Janeiro, por exemplo, a maior preocupação é com os incêndios, que se tornam mais frequentes com o clima seco. De acordo com monitoramento do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), foram detectados 760 focos de queimadas em áreas de mata no território fluminense somente neste ano.
Trata-se de um recorde de ocorrências registradas desde 2017, quando foram contabilizados 959 focos. Tal número, inclusive, pode crescer, já que setembro e outubro apresentam uma média histórica elevada de incêndios florestais.
O Corpo de Bombeiros divulgou que até agosto passado havia realizado 6.178 atendimentos a mais do que no mesmo período de 2023 - um aumento de cerca de 85%. No pódio dos municípios mais atingidos, estão Rio de Janeiro (4.513), São Gonçalo (569) e Duque de Caxias (561).
Diante do tempo seco, a recomendação é para que a população redobre os cuidados com a saúde, sobretudo com a hidratação. Mas a Cedae alerta os consumidores para usarem água com consciência, adiando tarefas não essenciais que demandem grande consumo, até que a situação se normalize nos sistemas produtores.
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