O irmão Wilson Borges (de pé à esquerda) ministrou o seminário no Palácio Maçônico do Lavradio, no CentroLuiz Maurício Monteiro/Agência O Dia
Publicado 14/09/2024 16:34 | Atualizado 14/09/2024 16:40
Rio – A rotina de violência que assola o Rio de Janeiro diariamente motivou a Academia Maçônica de Estudos (AME) a promover um seminário sobre Segurança Pública. Realizado na manhã deste sábado (14), no Palácio Maçônico do Lavradio, no Centro do Rio, o trabalho propositivo – como os próprios organizadores batizaram – teve o objetivo de apresentar uma série de propostas, além de receber dos presentes outras pós-evento, voltadas para a redução dos índices criminais no estado.
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Segundo o Irmão Wilson Borges, responsável por ministrar o seminário, os próximos passos são analisar todas as propostas apresentadas, selecionar as mais pertinentes e encaminhar, ainda em 2024, a partidos políticos e poderes Executivo e Legislativo nas esferas estadual e federal.
Wilson Borges abriu o evento deste sábado – que integra um Ciclo de Estudos da AME – destacando que o foco eram as circunstâncias resultantes na situação atual da Segurança Pública no estado e não em indivíduos. Ou seja, o encontro foi pensado para buscar melhorias e não culpados.
Em seguida, ele enumerou diferentes pontos que, no ponto de vista da AME, merecem atenção: ineficiência do Estado; papel da imprensa; atuação dos três poderes; mecanismo de enfrentamento ao crime organizado; e a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do ministro da Justiça Ricardo Lewandovski, que está em discussão em Brasília e sugere uma coordenação de esforços, inteligência única e padronização de dados em relação à segurança pública.
Por fim, o anfitrião especificou alguns tipos de crimes, de uma lista de 30 itens, como diferentes tipos de roubo (de celular e carro) e tráfico de drogas, e mencionou esboços de soluções para tais problemas: "Não há bala de prata para a questão da Segurança Pública. Temos que atacar em vários pontos", ressaltou.
Alguns participantes também deram opiniões. Inclusive, uma das ideias do seminário é justamente reunir esforços, mas não só no Palácio Maçônico do Lavradio: "Para que tenhamos uma mudança é necessário um pacto amplo, entre todos".
Wilson Borges, no entanto, reconhece que mesmo com um trabalho coletivo, frear os números da violência no Rio de Janeiro, dado o cenário atual, não é tarefa simples. Mas conclui reforçando que algo precisa ser feito: "O que estou dizendo é que hoje a situação está sem qualquer controle. Não é que essas soluções vão acabar com o crime definitivamente. Mas é preciso uma rédea".
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