Carro que atingiu Maria Aparecida ficou com a frente destruídaArquivo pessoal
Publicado 16/09/2024 10:30
Rio - Uma diarista morreu depois de ser atropelada por um carro em alta velocidade ao atravessar a rua no bairro Freguesia, em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio. O caso aconteceu na noite da última sexta-feira (13).

Maria Aparecida da Silva morreu na hora com a força do impacto. Ela saía do trabalho, na Rua Araguaia, quando foi atingida pelo veículo. Assista:
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De acordo com o relato de Vitor Santos ao DIA, sobrinho da vítima, a mulher, além de atuar como diarista, também trabalhava em um restaurante, de onde saía quando foi atropelada.

"Minha tia estava saindo do trabalho por volta das 23h, e conforme ela foi atravessar a rua, o rapaz, numa via de 40 km/h, estava passando totalmente acima do limite de velocidade, perdeu o seu controle atropelou minha tia. Infelizmente ele não prestou socorro", contou.

O condutor do carro era o fisioterapeuta Daniel Gomes Francisco, que dirigia um Honda Civic. Ainda segundo Vitor, o motorista estava vindo em uma velocidade bem acima do permitido, que é de 40km/h, e pela contramão.
Para o sobrinho de Maria Aparecida, perder a tia foi ficar sem um dos pilares de sua família. Em meio a tanta dor, ele ainda relembra as qualidades da diarista.

"Minha tia era uma pessoa maravilhosa, uma pessoa incrível. Como mãe, como avó, como tia. Amiga para caramba, parceira. Era um pilar da nossa família. E nos ensinou honestidade, nos ensinou o que era trabalhar, correr atrás dos nossos objetivos. A perda da minha tia foi como perder um membro, é como se hoje eu tivesse que me adaptar a andar sem o meu braço, andar sem minha perna. Ela era um pilar da nossa família, alguém amada, sorridente, cozinhava como ninguém, era alguém incrível. Não tem como descrever quem ela era pra nós", desabafou.

A Polícia Militar informou que agentes do 18º BPM (Jacarepaguá) foram acionados para uma ocorrência de atropelamento na Freguesia. No local, a equipe foi informada por militares do Corpo de Bombeiros que a vítima não resistiu.

A área foi isolada para perícia. O caso foi registrado na 41ª DP (Tanque). Segundo a Civil, o motorista fez exame de alcoolemia e o resultado deu negativo. Imagens de câmeras de segurança estão sendo analisadas e testemunhas estão sendo ouvidas.
Vitor também falou sobre o desejo da família por justiça e mudança das leis que regem casos de atropelamento. Ele ainda lamentou a postura do condutor do veículo ao deixar a delegacia.

"O desejo do nosso coração, de verdade, é que essa lei sobre atropelamento seja revigorada, seja tratada com mais vigor. Porque fica uma sensação de impotência, você vê o cara que matou uma pessoa atropelada, um cara influente, com condições financeira altas sair da porta da delegacia como se nada estivesse acontecendo. Com seus amigos e familiares rindo, como se uma vida não fosse nada. Desejo do nosso coração é que exista de fato justiça para isso", afirmou.

O enterro de Maria Aparecida aconteceu neste domingo (15).
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