Paulo Roberto Verdelho foi preso em flagranteReprodução
Publicado 16/09/2024 13:00
Rio - A Justiça concedeu liberdade provisória a Paulo Roberto Dias, de 65 anos, preso em flagrante por agentes do Segurança Presente, neste domingo (15), na altura do Posto 2, na Praia do Flamengo, Zona Sul, sob acusação de abuso sexual contra uma cachorra.

Após passar pela 9ª DP (Catete) – onde tentou enforcar a cadela, sendo impedido por agentes – e pela à 12ª DP (Copacabana) e ser autuado em flagrante pelo crime de maus-tratos a animais, ele ganhou o benefício em audiência de custódia com a juíza de Direito Priscilla Macuco Ferreira, da 20ª Vara Criminal da Comarca da Capital. O homem terá que cumprir algumas medidas cautelares por dois anos, como por exemplo, não obter a guarda de animais durante o curso do processo.
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O MPRJ informou que participou da audiência e solicitou, sem sucesso, a conversão da prisão em flagrante para prisão preventiva. O órgão garantiu que vai recorrer da decisão.
O flagrante
O DIA teve acesso ao Registro de Ocorrência, emitido na 12ª DP (Copacabana), no qual uma testemunha descreve que viu Paulo Roberto, por volta de 12h30, deitado na areia, com a bermuda arriada e o órgão sexual para fora, encostando-o na parte traseira do animal. Abordado por ela, o indivíduo, mesmo sem interromper o ato, alegou que não estava abusando da cadela, mas impedia que alguém se aproximasse dela a fim de constatar alguma possível lesão.
Com a chegada de outras pessoas, Paulo Roberto – que contou ter encontrado a cachorra na rua uma semana antes e estaria dando abrigo temporário a ela – começou a se alterar, inclusive jogando areia na direção da denunciante. Em meio à discussão, os policiais foram acionados e os levaram à delegacia.
Suspeito foi detido por agentes da Segurança Presente - Divulgação
Suspeito foi detido por agentes da Segurança PresenteDivulgação
Medo de mais abusos
A advogada Alessandra Martins, que é amiga da testemunha que abordou Paulo Roberto, ajudou a montar um grupo de apoio com oito pessoas. O objetivo é realocar outros 13 animais (12 gatos e um cão) que estão atualmente na casa dele na Tijuca, Zona Norte. Eles temem que o homem possa cometer outros abusos: “Ele praticou o ato em local público. Dentro de casa, os bichinhos correm ainda mais risco”, alerta Alessandra, completando: “Ele estava sóbrio quando foi preso. Alguém sóbrio que faz esses atos publicamente não tem noção de nada, não pode viver em sociedade. Oferece risco a qualquer ser mais vulnerável”.
Para tirar os animais da casa de Paulo Roberto, a advogada conta que o grupo tem feito contato com órgãos como a Prefeitura do Rio, além de vereadores e do Nas Garras da Lei, projeto voluntário para resgate de animais vítimas de maus tratos.
Paralelamente, já procuram adotantes de confiança: “Para os bichinhos terem um lar seguro”, complementa Alessandra, revelando que a cadela abusada na praia é uma vira-latas de aproximadamente 3 anos e já foi adotada e rebatizada como Shoyu.

A reportagem procurou a Secretaria Municipal de Proteção e Defesa dos Animais, mas até o momento não recebeu um retorno. O espaço segue aberto.
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