Publicado 23/09/2024 20:06
Rio - Familiares buscam por Suelen de Oliveira, de 36 anos, desaparecida desde o último dia 14 de setembro, em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense. Segundo a mãe, Zilda dos Santos, a filha foi vista pela última vez na clínica de reabilitação Reconstruindo Vidas, onde trabalha de forma voluntária. Suelen já havia ficado internada nesta mesma unidade por cinco meses. O caso é investigado pela Polícia Civil.
PublicidadeAo DIA, Zilda explicou que a clínica alega que a filha teria fugido do local, mas que não há testemunhas que comprovem a fuga. "Ela estava há cinco meses limpa, em fase já de recuperação, fazendo até mesmo remoção na rua juntamente com a equipe, quando no sábado (14/09/2024) eles informaram para o meu esposo que ela tinha fugido da unidade. Mas não tem câmeras, não há provas de que ela saiu. Eles falaram que ela tinha saído 00h30 da clínica, mas o padeiro que entrega pão geralmente às 6h15 disse que entregou o café da manhã das interna na mão da Suelen e que ela havia entrado direto pra entregar os pães na unidade e fechado o portão", disse.
Desesperada, a mãe conta que não tem notícias da filha desde o desaparecimento. "Agora eu estou aguardando porque eu estou há dias sem nenhuma informação. É um lugar distante, de mata, que não tem como ela sair andando sem dinheiro e sem comunicação nenhuma, sem telefone, sem nada. Eu estou entrando em desespero", contou.
Zilda reforça que Suelen só poderia sair da clínica acompanhada por ela, que é a responsável. "A equipe do centro terapêutico Reconstruindo Vidas é formada por ex-acolhidas. Todo mundo é mecanizado e eu quero uma solução porque minha filha não saiu de lá. Ninguém viu ela sair e ela está desaparecida. Preciso de ajuda e não sei mais o que fazer. Eles inventam várias histórias, jogam várias opções, dizem falas que não são verdadeiras. Minha filha nunca teve passagem pela polícia, era apenas usuária e estava em fase de recuperação em uma clínica particular", explicou.
Desesperada, a mãe conta que não tem notícias da filha desde o desaparecimento. "Agora eu estou aguardando porque eu estou há dias sem nenhuma informação. É um lugar distante, de mata, que não tem como ela sair andando sem dinheiro e sem comunicação nenhuma, sem telefone, sem nada. Eu estou entrando em desespero", contou.
Zilda reforça que Suelen só poderia sair da clínica acompanhada por ela, que é a responsável. "A equipe do centro terapêutico Reconstruindo Vidas é formada por ex-acolhidas. Todo mundo é mecanizado e eu quero uma solução porque minha filha não saiu de lá. Ninguém viu ela sair e ela está desaparecida. Preciso de ajuda e não sei mais o que fazer. Eles inventam várias histórias, jogam várias opções, dizem falas que não são verdadeiras. Minha filha nunca teve passagem pela polícia, era apenas usuária e estava em fase de recuperação em uma clínica particular", explicou.
À reportagem, o setor jurídico do centro terapêutico Reconstruindo Vidas disse que na madrugada do dia 14 de setembro identificou a fuga de Suelen do local. No dia 16 de setembro, dois dias depois do fato, a administração da unidade também denunciou a possível fuga da mulher.
A instituição diz ainda que manteve comunicação direta com Zilda e se ofereceu para que a mesma verificasse as câmeras de segurança, para que a mãe de Suelen pudesse localizar o trajeto percorrido na
saída da paciente, contudo, a mesma teria recusado o convite, sob orientação dos advogados.
saída da paciente, contudo, a mesma teria recusado o convite, sob orientação dos advogados.
"Todas as câmeras das localidades onde a paciente possa ter passado ficaram disponíveis ao livre acesso da senhora Zilda que permanece resistente a qualquer ajuda que a instituição apresenta. A mesma ainda alega diversos fatos não comprovados nem capazes de comprovação por não apresentarem embasamento jurídico. Foi fornecido à senhora Zilda portas abertas a qualquer órgão fiscalizador no sentido de prestar qualquer declaração e atuar no que for devido e assim é o posicionamento da instituição que se encontra regular perante tais órgãos", disse em comunidade a instituição.
O caso foi registrado na 58ª DP (Posse) e encaminhado ao Setor de Descoberta de Paradeiros da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF), que dará continuidade às investigações. Diligências estão em andamento para localizá-la.
Leia a nota da instituição Reconstruindo Vidas na íntegra:
"O centro terapêutico reconstruindo vidas trata-se de um centro terapêutico voluntário dentro do movimento antimanicomial, fazendo lembrar que, como qualquer cidadão, pessoas com transtornos mentais, têm o direito fundamental à liberdade, o direito a viver em sociedade, além do direito a receber cuidado e tratamento, sem que para isto tenham que abrir mão de seu lugar de cidadãos,. Nesta perspectiva o Centro de reabilitação labora com a intenção de trazer reinserção social, logo, não atua com internação compulsória.
Informa que, na data de 16/09/2024, foi aberto um registro de ocorrencia na 058. Delegacia de polícia, localizada na Avenida Henrique Duque Estrada Meyer, nº 149, Posse, Nova Iguaçu, procedimento nº 058-10429/24, onde fora relatado o desaparecimento de Suelen de Oliveira que se esvaiu da instituição. A instituição em comunicação direta com Zilda se ofereceu para que a mesma tivesse vista as câmeras locais para que pudesse localizar o trajeto percorrido na saída da paciente, contudo, a mesma alegou que não gostaria de buscar a localização da sua filha por ter sido informada assim por sua advogada.
Todas as câmeras das localidades onde a paciente possa ter passado ficaram disponíveis ao livre acesso da senhora Zilda que permanece resistente a qualquer ajuda que a instituição apresenta. A mesma ainda alega diversos fatos não comprovados nem capazes de comprovação por não apresentarem embasamento jurídico. Foi fornecido a senhora Zilda portas abertas a qualquer órgão fiscalizador no sentido de prestar qualquer declaração e atuar no que for devido e assim é o posicionamento da instituição que se encontra regular perante tais órgãos.
De acordo com a Lei nº 10.216/01, cabe ao Estado, por intermédio de suas políticas públicas de tratamento compulsório para as pessoas portadoras de dependencia química, especialmente quando o respectivo quadro de saúde indicar que não há mais possibilidade de tratamento voluntario.
Destaca o jurídico que a paciente é lucida e orientada, não curatelada, respondendo de forma civil e penal por seus atos. Ainda em respaldo a privacidade da paciente a instituição mantem todo o histórico clinico e criminal da mesma a disposição para satisfação e celeridade do caso."
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