Publicado 23/09/2024 18:40 | Atualizado 23/09/2024 22:03
Rio - Cuidar da saúde está em alta e as praias cariocas são um bom termômetro para atestar. Cada vez mais pessoas têm buscado praticar atividades físicas na areia, como futevôlei, beach tênis e surfe. No entanto, esses exercícios precisam de acompanhamento profissional para evitar consequências negativas.
PublicidadeRealizar exercícios físicos é essencial, mas é preciso tomar certos cuidados. Maria Eduarda Fraga, de 20 anos, estudante de biomedicina, sabe bem disso. Segundo ela, após uma alta progressão de carga, sofreu um pequeno desconforto que a fez parar com os treinos.
"Eu estava com amigos brincando na areia da praia quando senti um desconforto no joelho. Após uma consulta médica, o diagnóstico foi inflamação do grácil (parte medial do joelho). Fiquei muito chateada ao saber que a recuperação poderia levar até dois meses. Durante esse período, precisei tomar anti-inflamatórios diariamente para aliviar a dor e reduzir a inflamação; também precisei usar uma tala durante uma semana", relata.
João Pedro de Souza, de 30 anos, é gerente comercial e afirma que esse tipo de prática esportiva, além de trazer benefícios físicos, ajuda na manutenção da saúde mental. "Eu comecei a praticar futevôlei depois que um amigo me indicou. Tenho percebido que saí da vida sedentária e agora sou mais ativo. Além disso, gosto muito de sentir o sol e a areia enquanto estou jogando", declara.
Para Yara Mangabeira, psicóloga de 30 anos, a sensação é de estar fora da sua atmosfera habitual. "A sensação de estar fora da cidade me agrada muito. Nas aulas de futevôlei, temos contato direto com o ar puro, a areia e o mar. Tudo isso proporciona um contato com a natureza que, além de ser excelente para a saúde física, é ainda melhor para a saúde mental", afirma.
Ao conversar com os donos dessas escolas, a opinião é unânime. Após o término da pandemia e com a nova onda de influenciadores digitais, a procura por atividades como essas tem aumentado. Camila Ramos, empresária e dona de uma academia de futevôlei na Praia do Flamengo, na Zona Sul, afirma que, desde novembro de 2023, houve um crescimento de mais de 200% no número de inscritos, a maioria jovens entre 21 e 35 anos. "Pessoas que nunca praticaram nenhuma outra modalidade estão indo conhecer o futevôlei e se conectando com o esporte e com tudo que ele proporciona: ar livre, sol, mar, coletividade, disciplina e força física", observa.
De acordo com Magno Neves, de 33 anos, ex-surfista profissional e proprietário de uma escola, as Olimpíadas impulsionam esse novo movimento: "O surfe é retratado como um estilo de vida saudável e aventureiro. Além disso, o aumento do turismo em destinos de praia e a popularização de eventos transmitidos globalmente também podem ter contribuído para esse aumento na demanda".
João Pedro de Souza, de 30 anos, é gerente comercial e afirma que esse tipo de prática esportiva, além de trazer benefícios físicos, ajuda na manutenção da saúde mental. "Eu comecei a praticar futevôlei depois que um amigo me indicou. Tenho percebido que saí da vida sedentária e agora sou mais ativo. Além disso, gosto muito de sentir o sol e a areia enquanto estou jogando", declara.
Para Yara Mangabeira, psicóloga de 30 anos, a sensação é de estar fora da sua atmosfera habitual. "A sensação de estar fora da cidade me agrada muito. Nas aulas de futevôlei, temos contato direto com o ar puro, a areia e o mar. Tudo isso proporciona um contato com a natureza que, além de ser excelente para a saúde física, é ainda melhor para a saúde mental", afirma.
Ao conversar com os donos dessas escolas, a opinião é unânime. Após o término da pandemia e com a nova onda de influenciadores digitais, a procura por atividades como essas tem aumentado. Camila Ramos, empresária e dona de uma academia de futevôlei na Praia do Flamengo, na Zona Sul, afirma que, desde novembro de 2023, houve um crescimento de mais de 200% no número de inscritos, a maioria jovens entre 21 e 35 anos. "Pessoas que nunca praticaram nenhuma outra modalidade estão indo conhecer o futevôlei e se conectando com o esporte e com tudo que ele proporciona: ar livre, sol, mar, coletividade, disciplina e força física", observa.
De acordo com Magno Neves, de 33 anos, ex-surfista profissional e proprietário de uma escola, as Olimpíadas impulsionam esse novo movimento: "O surfe é retratado como um estilo de vida saudável e aventureiro. Além disso, o aumento do turismo em destinos de praia e a popularização de eventos transmitidos globalmente também podem ter contribuído para esse aumento na demanda".
Segundo Gabriel de Melo, instrutor da mesma modalidade e dono de uma academia de surf, no dia da entrevista, mais de 20 pessoas entraram em contato interessadas em começar as aulas.
O doutor em Ciências do Esporte, Rômulo Reis, analisa os benefícios dessas atividades e destaca a importância de ter cuidados durante a prática.
O doutor em Ciências do Esporte, Rômulo Reis, analisa os benefícios dessas atividades e destaca a importância de ter cuidados durante a prática.
"Os benefícios são muitos e variam de acordo com a individualidade biológica. Em geral, a prática desses esportes melhora a saúde cardiovascular, o desenvolvimento muscular, a mobilidade articular, a coordenação motora e o equilíbrio, reduz o estresse, promove a socialização, melhora a autoestima, reduz o percentual de gordura e contribui para o emagrecimento, além de melhorar a resistência e a capacidade respiratória. Por outro lado, existem riscos de lesões articulares e musculares, exposição ao sol, desidratação, fadiga extrema, sobrecarga de treino, desequilíbrio postural e dores nas costas, devido à variação do solo que provoca movimentos assimétricos constantemente", explica.
*Reportagem da estagiária Mariana Salazar, sob supervisão de Larissa Amaral
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