Osmar Milito, grande pianista de jazz e bossa nova, morre no Rio aos 83 anosdivulgação
Publicado 23/09/2024 22:25 | Atualizado 24/09/2024 06:43
Rio - Osmar Milito, pianista icônico do jazz e da bossa nova, faleceu nesta segunda-feira (23), aos 83 anos, no Rio de Janeiro. A causa da morte não foi revelada, mas a notícia foi anunciada nas redes sociais do artista, marcando o fim de uma era para a música brasileira. Com uma carreira que começou em 1964, Milito foi um dos grandes responsáveis por moldar o cenário musical do país, colaborando com nomes como Djavan, Maria Bethânia, Jorge Ben Jor e Nara Leão.
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O falecimento de Milito comoveu o mundo da música. Djavan, em homenagem, afirmou: “Brasil perdeu hoje um de seus mais importantes pianistas de jazz e bossa nova e um dos maiores incentivadores da carreira do Djavan.” Milito foi peça-chave na carreira de muitos artistas e deixa um legado que ecoará por gerações.

O velório de Osmar Milito acontecerá no Cemitério São João Batista, no Rio de Janeiro, a partir das 12h de amanhã, 24 de setembro, com sepultamento marcado para as 15h.
Legado de Osmar Milito
A paixão pela música começou cedo, aos 16 anos, quando decidiu seguir a carreira de músico. Inspirado pelo irmão Hélcio Milito, baterista do Tamba Trio, Milito se encantou pelo be bop, estilo de jazz que moldou seu estilo único. Em 1964, estreou nos estúdios ao gravar com Flora Purim no disco “Flora Purim é M.P.M.”.

Osmar Milito deixou uma marca profunda no jazz brasileiro com álbuns como “E deixa o relógio andar” (1971) e “Nem paletó, nem gravata” (1973). Além de pianista, ele também se destacou como compositor e arranjador, especialmente nas noites cariocas, onde ajudou a lançar Djavan, que ainda era desconhecido.

Em 1974, Milito contribuiu para as orquestrações de “A Tábua de Esmeraldas”, um dos álbuns mais celebrados de Jorge Ben Jor. Nos anos 1960, acompanhou em shows nomes como Leny Andrade, Maria Bethânia e Nara Leão. No exterior, trabalhou com Sergio Mendes e colaborou com Chico Buarque e Nana Caymmi após retornar do México nos anos 1970.

Reconhecido por sua habilidade no piano, Milito tocou com estrelas internacionais como Sarah Vaughan e Tony Bennett durante suas passagens pelo Brasil. Nos últimos meses, realizou apresentações no Blue Note Rio, onde encantou o público com sua maestria no jazz e na bossa nova.
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