Publicado 30/09/2024 21:42
Rio - O governador Cláudio Castro (PL) anunciou, em reunião com a cúpula de segurança pública do estado, realizada na tarde desta segunda-feira (30), que haverá um reforço no efetivo das Polícias Militar e Civil. O encontro aconteceu no Centro Integrado de Comando e Controle (CICC), na Cidade Nova, Região Central do Rio.
PublicidadeA decisão foi tomada levando em conta a vacância existente nos setores, seja pela ida de agentes para a inatividade (aposentadoria dos policiais civis e reserva remunerada para militares), morte ou desistência. O governo garantiu que a medida não fere as normas do Regime de Recuperação Fiscal (RRF), já que as convocações são para preenchimento de cargos vagos.
Segundo Castro, o número de vagas no concurso de soldado da PM, que está em andamento, será dobrado, ou seja, os 4 mil melhores classificados serão encaminhados para o Centro de Formação e Aperfeiçoamento de Praças (Cfap), onde participação do processo de formação durante um ano. Antes, só passariam os 2 mil primeiros.
A previsão é que a primeira turma, composta por mil candidatos, finalize todo o processo exigido em março de 2025 e inicie suas atividades nas ruas após a conclusão do curso.
"Eu não tenho dúvida que é um grande reforço para nossa segurança pública e que a gente vai dar um salto maior ainda de qualidade. Isso é fruto de muito trabalho, muito respeito às contas públicas para gente poder melhorar o policiamento, melhorar a vida daquele que vive, que empreende, que mora ou que vem visitar o nosso Rio", disse o governador, que ainda citou o planejamento de ter concurso para a corporação de dois em dois anos.
O coronel Marcelo Menezes, comandante da PM, informou que o concurso atual concluiu a parte intelectual, ou seja, a primeira e a segunda fase, que consiste em prova discursiva e objetiva. Ao todo, o processo tem nove etapas, incluindo avaliação médica, avaliação física e pesquisa social.
"Ao final do processo, os 4 mil melhores classificados ingressarão no nosso curso de formação de soldados. Esses policiais irão representar um forte ganho operacional tanto para a Polícia Militar, quanto para a segurança pública do estado do Rio", comentou.
Polícia Civil
A Polícia Civil também receberá um reforço no efetivo. De acordo com Castro, serão abertas 1.588 vagas para o cargo de inspetor de polícia. As vagas são especificamente para o cargo, não havendo vacância para outros, como investigador policial, por exemplo.
"Conseguimos aqui com muito esforço, achando vacância, achando aquilo que o Regime de Recuperação Fiscal nos permite, chamar mais aprovados do concurso de inspetor de polícia. São mais 1.588 vagas. Isso está deixando a gente em uma felicidade enorme. Vamos voltar a equipar, vamos voltar a ter uma Polícia Civil forte, com condição de fazer as investigações e combater mais ainda o crime organizado e levar segurança", destacou o governador.
O delegado Felipe Curi, secretário de Estado de Polícia Civil, explicou que o número será dividido em duas turmas com a primeira contendo 800 candidatos, que começarão a Academia de Polícia em fevereiro do ano que vem e se formarão em agosto. Já a segunda durma iniciará o curso em setembro de 2025 e terminará em março de 2026.
"Isso vai engrandecer, acrescentar e melhorar muito o trabalho da Polícia Civil no que tange ao combate ao crime organizado. Isso vai refletir também na queda dos índices de criminalidade", afirmou Curi.
Os concursos para a Polícia Civil são de 2021, quando inicialmente foram oferecidas 400 vagas. No entanto, o governo ampliou esse número para 1.741. As primeiras turmas, com 832 policiais formados em dezembro, foram nomeadas de forma imediata. São delegados, inspetores e outros profissionais essenciais para a segurança pública.
No momento, há 840 candidatos em formação nos cursos destinados aos cargos da Polícia Civil, com previsão de formatura ainda neste ano. Assim como no concurso da PM, a banca organizadora dos certames da Polícia Civil é a Fundação Getulio Vargas (FGV).
No momento, há 840 candidatos em formação nos cursos destinados aos cargos da Polícia Civil, com previsão de formatura ainda neste ano. Assim como no concurso da PM, a banca organizadora dos certames da Polícia Civil é a Fundação Getulio Vargas (FGV).
O secretário de Estado de Segurança Pública também destacou os reforços. "A segurança pública é uma prioridade deste governo. As convocações representam um avanço no sentido de minimizar o impacto no déficit do efetivo. A Polícia Civil, por exemplo, ficou 10 anos sem concurso, o que causou uma defasagem muito grande. Então essa autorização do governador para convocar mais policiais é o maior ganho de efetivo dos últimos anos", disse Victor dos Santos..
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