Publicado 02/10/2024 22:52 | Atualizado 02/10/2024 23:00
Rio - Um motorista de aplicativo denuncia ter sido agredido fisicamente e verbalmente por uma passageira, após recusar-se a transportá-la sem acompanhante devido ao seu estado de embriaguez. O incidente ocorreu na madrugada desta quarta-feira (2), na Tijuca, Zona Norte do Rio, e está sendo investigado pela Polícia Civil
PublicidadeSegundo Renan Gabriel de Melo, 27, a passageira Marcela Richa Ribeiro, de 33 anos, solicitou a corrida por volta das 2h, após deixar um bar na Tijuca, onde estava acompanhada de quatro amigos. O destino era Botafogo, na Zona Sul da cidade. Ao perceber que Marcela estava visivelmente embriagada, o motorista solicitou que um dos amigos a acompanhasse para evitar problemas no momento do desembarque.
"Eu me recusei a levar ela sozinha, falei para o grupo de amigos dela que precisava que alguém fosse comigo. Ela estava muito embriagada e deitando no carro, eu não ia colocar a mão nela para desembarcar ela, eu não faço isso, não encosto em mulher bêbada, nem sóbria. Eu ia ter problemas para desembarcar ela", relata ao Dia.
Um dos amigos de Marcela aceitou acompanhá-la, mas ao perceber que o destino era Botafogo, solicitou que Renan retornasse ao bar, pois não queria deixar sua esposa sozinha no local. Ao fazer o retorno, segundo o motorista, Marcela começou a agredi-lo enquanto ele dirigia.
"Eu falei: 'Beleza, vou voltar mas vou encerrar a corrida, não vou levar ela desse jeito'. Ai nisso, ela começou a me dar muito soco. Eu dirigindo e ela me batendo! Ai quando chegamos no bar, o menino segurando ela no carro e ela mordeu o garoto, foi uma cena chocante. Ela discutiu com as pessoas no bar, brigou com os próprios amigos, deixou o olho da amiga roxo. E ela me agrediu! Fiquei meio sem reação e não consegui filmar", denuncia.
Renan afirma que foi atingido com socos no braço e na cabeça, além de ter sido insultado por Marcela, que afirmou que ele "não era ninguém" e citou a própria mãe, afirmando que ela era "muito superior" ao motorista. Em resposta, Renan rebateu verbalmente e cuspiu no chão, comparando a mulher à saliva.
Uma viatura da Polícia Militar que passava pelo local conduziu todos à 19ª DP (Tijuca), onde o caso foi registrado como lesão corporal. Segundo a Polícia Civil, os envolvidos serão ouvidos e as investigações estão em andamento para esclarecer os fatos.
O carro foi solicitado através da 99. A empresa lamentou o ocorrido e informou, por meio de nota, que bloqueou o perfil da passageira na plataforma.
"Uma equipe especializada realizou contato com o motorista parceiro para prestar suporte e acolhimento. A empresa está à disposição para colaborar com as investigações das autoridades, se necessário. A 99 reforça que o respeito mútuo é obrigatório para a utilização do app e que possui uma política de tolerância zero para comportamentos ofensivos, atitudes agressivas e quaisquer outras formas de violência. Por isso, investe em segurança e conscientização por meio de iniciativas como a do Guia da Comunidade 99, que orienta sobre como agir e esclarece quais comportamentos não são aceitos na plataforma", comunicou.
A reportagem de O DIA tenta contato com a passageira. O espaço segue aberto para manifestações.
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