Hitler da Silva Ângelo é suspeito de envolvimento na morte de uma mulher em situação de ruaReginaldo Pimenta / Agência O Dia
Publicado 09/10/2024 17:35
Rio - Hitler da Silva Ângelo, apontado como líder de uma quadrilha de estelionatários, foi preso, na manhã desta quarta-feira (9), em Maria da Graça, na Zona Norte, por suspeita de envolvimento na morte de uma mulher em situação de rua. De acordo com investigações da Delegacia de Homicídios da Capital (DHC), o crime estaria ligado a uma fraude, pois foram feitos dois seguros de vida feitos no nome da vítima, cujo valor somado é R$ 4 milhões.
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Luciene da Silva Gomes foi encontrada morta, com marcas de facada no pescoço e no tórax, no dia 21 de fevereiro deste ano, na Rua Caminho da Liberdade, em Santa Cruz, na Zona Oeste. Segundo a Polícia Civil, ela vivia em situação de rua, era usuária de drogas e soropositiva, tendo registros criminais pelo crime de furto.
Durante a investigação sobre o assassinato, os policiais identificaram que havia dois seguros de vida em seu nome, no valor total de R$ 4 milhões, o que deixou os investigadores surpresos, sugerindo uma linha de investigação voltada para uma fraude. Segundo a DHC, os beneficiários deste valor seriam pessoas sem ligação com o núcleo familiar de Luciene, que também vivem em situação de rua.
Após a morte da mulher, foram realizadas movimentações financeiras na conta de Luciene, feitas de dentro de uma agência bancária na cidade. A investigação apurou, após análise de câmeras de segurança, que o responsável pela movimentação foi Hitler.
O suspeito foi encontrado nesta manhã em uma casa de fundos, próximo do Norte Shopping. De acordo com a Civil, o homem mudava constantemente de endereço para não ser localizado.
Quadrilha de estelionatários 
Segundo a polícia, o homem é apontado como o líder de uma quadrilha de estelionatários. Em julho do ano passado, Hitler foi preso por liderar uma organização criminosa que oferecia consultoria financeira e utilizava os dados das vítimas para fazer empréstimos bancários. O criminoso possui uma extensa ficha criminal.
De acordo com a investigação da época, a gerente de um banco em Madureira, na Zona Norte, abria as contas bancárias com os dados das vítimas e pedia empréstimos, cartões de crédito e financiamento veicular. O dinheiro disponibilizado ia diretamente para a quadrilha, sem conhecimento das vítimas.
A polícia informou que a quadrilha já fez vítimas em Niterói, no Rio, em Barra Mansa, entre outros. Uma delas teve um prejuízo de R$ 700 mil. Uma outra vítima teve um carro retirado em seu nome.
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