Publicado 12/10/2024 12:05
Rio - Centenas de fiéis se reuniram, neste sábado (12), na Igreja de Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Cachambi, Zona Norte, para celebrar o Dia da Padroeira do Brasil. Com devoção e gratidão, muitos aproveitaram a ocasião para agradecer pelas bênçãos recebidas e renovar seus pedidos à santa. A igreja recebeu centenas de devotos, que compartilharam momentos de fé e esperança.
PublicidadeDo lado de fora da igreja, uma grande multidão se reuniu para acompanhar as missas da manhã. Um palco foi montado especialmente para a ocasião, com cadeiras organizadas para acolher os fiéis. A programação será extensa, com a paróquia abrindo suas portas logo às 7h da manhã. Ao longo do dia, estão previstas diversas celebrações, com missas e momentos de oração dedicados à Nossa Senhora Aparecida.
Ari Guimarães, de 42 anos, é devoto de Nossa Senhora Aparecida, uma fé que começou há 23 anos, quando seu irmão foi diagnosticado com leucemia. "Nesse período, nossa devoção foi muito importante, porque Nossa Senhora nos acolheu muito bem. Ainda no fim de 2001, ele conseguiu o transplante, minha irmã foi a doadora, e hoje ele está bem", relembra Ari com emoção. Sua mulher, que é catequista, e sua filha, coroinha, também compartilham dessa devoção. A família frequenta a igreja todos os domingos.
Vânia Santos, de 48 anos, foi à igreja acompanhada de sua mãe, Aurenice Santos, para agradecer a Nossa Senhora por uma grande graça recebida. "Eu não andava com três anos. Os médicos disseram à minha mãe que eu ia ficar numa cadeira de rodas para sempre. Mas Nossa Senhora intercedeu, e eu comecei a andar. Minha mãe já era devota, e eu passei a ser também", contou emocionada a moradora do Cachambi.
Para a moradora de Todos os Santos, Rosane Sorrentino, de 64 anos, as bênçãos de Nossa Senhora começaram ainda na infância, quando enfrentou Catapora e Sarampo. "Nossa Senhora me salvou quando eu era criança. Tive catapora, sarampo. Minha mãe ajoelhou, e Nossa Senhora me curou", disse Rosane, com gratidão.
Alguns anos depois, ela voltou a sentir o amparo da padroeira em um momento difícil. "Certa vez, rolei da escada no trabalho e quebrei a mão. O médico disse que ia ter que colocar todos os ossinhos no lugar, e doía muito. Então, lembrei de Nossa Senhora, e ela me ajudou. Depois, vim trazer rosas para ela", contou emocionada.
Apesar de Nossa Senhora não ser tradicionalmente conhecida como a santa casamenteira, o casal Ednei Ferreira, de 46 anos, e Adelaide Soares, de 44, são devotos e sempre pediram à Ela um parceiro que compartilhasse essa devoção.
"Sempre pedi à Nossa Senhora para colocar um homem de Deus, como São José, em minha vida. E acredito que se cumpriu, porque se eu levo ele a Deus, ele me leva também. Estamos juntos, com as bênçãos dela", disse Adelaide. "Sempre procurei alguém que fosse da igreja", complementou Ednei, reafirmando a importância da devoção em sua união.
Harrilda Maria, de 67 anos, saiu de Olaria e foi até a igreja no Cachambi para pedir a intercessão de Nossa Senhora pela cura da deficiência motora de seu filho, Bruno Emanuel. "Venho todo ano pelo meu filho, Bruno Emanuel, que é deficiente. A deficiência dele é motora, e eu peço à Nossa Senhora para que o andar dele melhore. De cabeça, ele é ótimo, inteligente, fala tudo, só tem aquela dificuldade para andar. Mas com muita força e muita graça, coloco ele na bicicleta, e ele tem melhorado. Graças a Deus. Ele está melhor, com fé, dá tudo certo", disse Harrilda.
As missas iniciaram às 8h, indo até às 20h, com intervalo de 2h entre cada uma, e incluem bênçãos para idosos, crianças e enfermos. A penúltima, que acontece às 18h, contará com uma apresentação do auto da padroeira e a de encerramento, com bênção ao Santíssimo.
Uma "procissão" de motos aconteceu às 9h30 em Copacabana, com concentração na Avenida Atlântica, altura do posto 6. Os fiéis transportaram imagens de Nossa Senhora de lá até a sede da igreja, que fica na Rua Ferreira de Andrade. A previsão de chegada era as 10h, ao início da segunda missa do dia. Além disso, às 17h, um outro grupo de devotos sairá da paróquia Nossa Senhora das Graças, em Maria da Graça, na Zona Norte, também com destino à Igreja Matriz.
As festas na paróquia de Nossa Senhora da Conceição Aparecida vão se estender até o domingo (13), com missas às 7h, 9h, 11h e 18h. A partir das 10h, os fiéis poderão, também, participar de uma festa de barraquinhas no entorno da Igreja.
Uma outra importante festa acontece na Paróquia Nossa Senhora Aparecida, em Del Castilho, também na Zona Norte. Lá, a programação especial para a padroeira começou na quinta-feira (3), com terço mariano cantado, santa missa e novena todos os dias, até sexta-feira (11). Já neste sábado (12), as solenidades começaram com alvorada e café partilhado às 6h. Os devotos poderão participar das missas entre as 7h e 17h. Após isso, terá uma procissão e a missa de encerramento, com coroação, às 18h30.
No domingo (13), a programação na paróquia também continua, com missas às 8h e às 10h, após carreata, e uma festa para as crianças, marcada para as 16h. Outras celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida no Rio também costumam atrair diversos fiéis, como a da Paróquia da padroeira, em Campo Grande, na Zona Oeste, e a de Ramos, na Zona Norte.
No domingo (13), a programação na paróquia também continua, com missas às 8h e às 10h, após carreata, e uma festa para as crianças, marcada para as 16h. Outras celebrações do Dia de Nossa Senhora Aparecida no Rio também costumam atrair diversos fiéis, como a da Paróquia da padroeira, em Campo Grande, na Zona Oeste, e a de Ramos, na Zona Norte.
Devoção à padroeira do Brasil
A devoção à padroeira do Brasil surgiu em 1717, quando a população de Aparecida, que ainda fazia parte da cidade de Guaratinguetá, em São Paulo, planejou uma festa para o governador da Província de São Paulo e Minas Gerais. Ele passaria pela região, durante uma viagem com destino à Vila Rica, hoje, a cidade de Ouro Preto, em Minas.
Três pescadores, devotos de virgem Maria, desceram o Rio Paraíba à procura de peixes para a comemoração e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a parte que faltava. Juntas elas formaram uma imagem da mãe de Jesus.
A devoção à padroeira do Brasil surgiu em 1717, quando a população de Aparecida, que ainda fazia parte da cidade de Guaratinguetá, em São Paulo, planejou uma festa para o governador da Província de São Paulo e Minas Gerais. Ele passaria pela região, durante uma viagem com destino à Vila Rica, hoje, a cidade de Ouro Preto, em Minas.
Três pescadores, devotos de virgem Maria, desceram o Rio Paraíba à procura de peixes para a comemoração e nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu, onde lançaram as redes e apanharam uma imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Logo após, lançaram as redes outra vez e apanharam a parte que faltava. Juntas elas formaram uma imagem da mãe de Jesus.
Após isso, eles lançaram novamente as redes que, dessa vez, voltaram cheias de inúmeros peixes. Impressionados, os pescadores atribuíram o que havia ocorrido a um milagre da mãe de Jesus. Desta maneira, a nomearam Nossa Senhora da Conceição Aparecida, considerada, desde então, como uma das representações.
Em 1930, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) proclamou Nossa Senhora da Conceição Aparecida como a padroeira do Brasil, destacando sua importância para a espiritualidade e a identidade nacional, e marcando o dia de celebração para 12 de outubro.
Em 1930, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) proclamou Nossa Senhora da Conceição Aparecida como a padroeira do Brasil, destacando sua importância para a espiritualidade e a identidade nacional, e marcando o dia de celebração para 12 de outubro.
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