Publicado 12/10/2024 16:14
Rio – Tradicional refúgio para lazer da cidade, a Quinta da Boa Vista, como não poderia deixar de ser, atraiu centenas de famílias cariocas neste sábado (12) para mais um Dia das Crianças. E apesar da fartura de atividades – como Maria Fumaça, pedalinho e zoológico, dentre outras –, foi uma brincadeira relativamente simples que empolgou muitos pequenos no parque localizado em São Cristóvão, na Zona Norte.
PublicidadeMorador da Tijuca, Daniel Conceição, de 44 anos, levou os filhos Theo e Bento, de 11 e 10, respectivamente, além de alguns amigos da escola. A turma até levou bola para jogar futebol, mas o que empolgou mesmo foi escorregar pelas descidas gramadas a bordo de uma folha de papelão: “Gosto muito. Olha o tamanho disso aqui”, se admirou Gustavo Amorim, de 9 anos, se referindo à altura da rampa.
A ideia do escorrega teve o incentivo de Daniel, que antes de sair de casa fez às crianças uma recomendação, a fim de que aproveitassem o local ao máximo: “Falei para não trazerem o celular, mas, sim, um papelão para escorregar, uma bola para jogar. Porque, afinal, a Quinta é isso. É brincadeira, lazer. Ainda mais com um tempo bom desse”, observou ele.
E mesmo com o sobe e desce na grama, a energia da turminha parecia longe de acabar: “Não sei o que ainda vamos fazer. Só sei que quero me acabar muito”, comentou Helena Pereira, de 10 anos, ao lado de Theo, filho de Daniel, que fazia planos para o presente que recebeu pelo Dia das Crianças: “Ganhei R$ 50. Vou guardar para comprar alguma coisa”.
O sucesso do escorrega no papelão era tanto que não agradava somente as crianças pequenas, mas também as “crianças grandes”. Claudete Gomes foi um exemplo: “Me acabei de descer nessa rampa (risos)”, admitiu a moradora da comunidade Parque União, no Complexo da Maré, Zona Norte, que foi à Quinta pela primeira vez com os três filhos mais novos, Kauã e Maria Vitória, gêmeos de 11 anos, e Maria Clara, de 10.
Amiga e vizinha de Claudete no Parque União, Verônica Alves, 47 anos, também se divertiu, sobretudo, vendo a família descer no papelão: “Já chorei de tanto rir”, brincou ela, ao lado do filho caçula, Marco Paulo, de 6 anos.
Outras opções
Mas como o leque de alternativas do parque municipal é vasto, teve família que aproveitou o passeio de outra forma: “Sou mãe solo, vivo naquela correria de sempre, mas não quis deixar de aproveitar com meu filho. Acabei de voltar do zoológico, o BioParque, e ele, que adora bicho, ficou encantado. Fora os brinquedos... É um lugar ótimo para as crianças se divertirem”, afirmou Emily dos Santos, de 22 anos, que saiu de Bonsucesso para curtir o dia com o pequeno Braian, de apenas 1 ano.
A variedade de opções também foi destacada por Cássia Carvalho, de 38, moradora de Ramos. Com o filho Gael, de 3 anos, e a sobrinha Maitê, de 9, ela elencou: “A gente veio ano passado, eles se divertiram. Então resolvemos voltar. Aqui tem muitos brinquedos, daqueles que você paga para ficar um tempo, como o pula-pula. Eles adoram. O Gael também foi no pedalinho, que está com um preço bem acessível. Enfim, é ótimo”.
A propósito, Gael, ainda que tivesse tantas possibilidades, parecia não querer saber de outra coisa, que não a sua pistola de bolhinhas de sabão, que era acionada por ele repetidas vezes, em intervalos de segundos. Perguntado se havia gostado do presente, ele respondeu com a sinceridade e objetividade típicas dos homenageados do dia: “Sim!”.
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