Enterro aconteceu no Cemitério de Inhaúma, na Zona NorteReprodução / Google Street View
Publicado 15/10/2024 21:05 | Atualizado 15/10/2024 22:44
Rio - O menino B.R.R., de 7 anos, que morreu após ficar 10 dias internado em estado grave depois de comer um bombom envenenado, foi enterrado, na tarde desta terça-feira (15), no Cemitério de Inhaúma, na Zona Norte. Um laudo confirmou que o doce que ele e Ytallo Raphael Tobias, 6, comeram tinha chumbinho.
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A criança, que segundo familiares sonhava em ser jogador de futebol, foi sepultada durante salva de palmas e gritos por justiça. Nas redes sociais, parentes compartilharam mensagens de 'luto eterno' e homenagens. "Destruíram minha família. Te amamos meu lindão. Nunca será um adeus. Até breve", escreveu uma tia.
B.R.R. teve a morte cerebral confirmada na tarde da última quarta-feira (9). Ele ficou internado no Hospital Municipal Miguel Couto, no Leblon, na Zona Sul, por 10 dias. Durante a internação, o quadro do menino foi considerado grave.
O laudo de necropsia realizado pelo Instituto Médico Legal (IML) apontou que as crianças foram vítimas de envenenamento ao ingerirem um bombom contaminado com terbufós, uma substância tóxica presente no chumbinho.
Os médicos do Miguel Couto já haviam informado aos familiares de B.R.R que encontraram chumbinho no organismo dele. Além disso, o laudo inicial de necropsia feito no corpo de Ythallo também encontrou partículas granuladas amarronzadas em seu estômago.
B.R.R e Ytallo passaram mal, em momentos distintos, após comerem um doce na comunidade da Primavera, em Cavalcanti, na Zona Norte, no dia 30 de setembro. O mais novo sofreu uma parada cardioresspiratória e morreu na mesma data. As vítimas eram colegas de escola.
Inicialmente, o caso foi registrado na 44ª DP (Inhaúma) que descobriu, a partir do depoimento de um tio de Ytallo, que uma mulher em uma motocicleta ofereceu o bombom para o menino e o orientou a pegar o doce em sua bolsa.
Após os depoimentos dos familiares e de outros parentes das vítimas, bem como da diretora da Escola Municipal Rostham Pedro de Farias, onde elas estudavam, da professora do menino mais velho e da diretora da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Del Castilho, para onde foram levadas inicialmente, o inquérito foi encaminhado para a Delegacia de Homicídios da Capital (DHC).
A investigação para identificar e localizar a mulher que deu o bombom para as vítimas segue em andamento. O inquérito corre sob sigilo.
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