Publicado 17/10/2024 16:16
Rio - Um soldador foi preso em flagrante, na quarta-feira (16), por produzir anabolizantes em uma fábrica clandestina e vender o produto em academias da Zona Sul.
PublicidadeSegundo as investigações, Leonardo Coelho de Souza Rebelo utilizava receitas encontradas na internet para produzir os anabolizantes dentro de casa, em Paciência, na Zona Oeste. A equipe da 12ª DP (Copacabana) monitorou o local indicado pela denúncia e conseguiu flagrar o momento em que o acusado recebia uma entrega de insumos suspeitos.
Na abordagem, os policiais encontraram um laboratório improvisado, com frascos, etiquetas e outros materiais utilizados na fabricação dos produtos, todos em condições precárias e sem qualquer higiene.
Durante o interrogatório, Leonardo confessou que produzia e vendia anabolizantes caseiros. Ele relatou que comprava os insumos pela internet e vendia os produtos em pequenas quantidades, sem realizar qualquer divulgação formal, apenas por indicação boca a boca. O esquema, segundo ele, rendia cerca de R$ 10 mil por mês.
Foram encontradas 498 ampolas prontas para revenda, com valor unitário estimado em R$ 100, totalizando um estoque de aproximadamente R$ 50 mil. A investigação continua para identificar outros possíveis envolvidos no crime.
"Ele diz que trabalhava sozinho, mas a gente precisa saber quem era a pessoa que entregava para ele o princípio ativo. A maioria do material, ele comprava pela internet, coisas que qualquer um pode comprar. Mas o princípio ativo, que é a substância anabolizante, ele falou que conheceu um cara que ofereceu para ele e passou a comprar com esse cara. A gente precisa saber se esse produto é contrabandeado, se vem de fora do país, se está sendo desviado de alguma distribuidora legalizada, ou se uma farmácia de manipulação pequena está vendendo para ele os anabolizantes para ele fazer as misturas em casa", disse o delegado Ângelo Lages, titular da 12ª DP (Copacabana), ao DIA.
O material coletado vai passar por análise no Instituto de Criminalística Carlos Éboli (ICCE) que deve apontar qual o produto tem dentro de cada frasco coletado. Leonardo Coelho de Souza Rebelo responderá pelo crime de falsificação e adulteração de produtos destinados a fins terapêuticos, podendo pegar de 10 a 15 anos de prisão.
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