Menino chegou a ser levado ao Hospital Armando Vidal, mas não resistiuReprodução / Google Street View
Publicado 18/10/2024 21:09 | Atualizado 18/10/2024 21:34
Rio - O Ministério Público do Rio denunciou, nesta sexta-feira (18), um eletricista e os proprietários de um campo de futebol no município de São Fidélis, no Norte Fluminense, pela morte de Guilherme Moreira Dias, de 11 anos, eletrocutado ao tocar em uma grade. Os acusados, que não tiveram os nomes divulgados pelo MPRJ, responderão por homicídio culposo.
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De acordo com a Promotoria de Justiça Criminal de São Fidélis, os proprietários do campo foram negligentes porque um treinador havia avisado que algumas crianças tinham sentido choques elétricos no alambrado. Já o eletricista foi acusado de imperícia por não seguir as normas de segurança atualizadas.
A ação penal aponta que o especialista não tomou as medidas necessárias para reduzir o risco de eletroplessão (lesões causadas por choque elétrico), não instalou equipamentos de segurança e deixou de realizar reparos necessários para cessar as descargas elétricas.
A Promotoria ainda destacou que um dos proprietários entrou em contato com o professor de futebol, informando que ele poderia retomar as aulas, pois o eletricista teria resolvido o problema. No entanto, no dia 9 de julho, Guilherme se abaixou atrás do gol para pegar um coco no chão e, ao tocar no alambrado, sofreu uma descarga elétrica.
O menino desmaiou e, apesar de ter sido socorrido, faleceu em decorrência de uma parada cardiorrespiratória. Ele foi levado ao Hospital Armando Vidal, onde os médicos realizaram o protocolo de reanimação cardiopulmonar sem êxito. 
O espaço Cristo Rei, onde ocorria as aulas da escolinha, lamentou o caso e informou que o local passou por perícia. Segundo a empresa, o fio de um dos refletores arrebentou e energizou um poste próximo ao campo.
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