Publicado 26/10/2024 08:19
Rio - A prefeitura entregou nesta sexta-feira (25) a segunda área naturalizada da Lagoa Rodrigo de Freitas, na altura do Parque dos Patins. Após as obras, cerca de mil metros quadrados estão sendo devolvidos à natureza. A ciclovia foi desviada e deu lugar a uma área verde, com espécies nativas.
PublicidadePara marcar a inauguração, cerca de 40 alunos da Escola Municipal Manuel Cícero, da Gávea, tiveram a oportunidade de fazer uma visita guiada no local, plantar mudas de brejo e restinga e ter aula de Ecologia com o biólogo Mario Moscatelli.
"Estamos entregando cerca de 2.500 metros quadrados de área naturalizada, ao longo de toda a Lagoa. Esse projeto é um bom exemplo de solução baseada na ciência. Ontem (quinta), choveu bastante e não temos hoje (sexta) aqui o que víamos antes, que era esse trecho alagado”, ressaltou o subprefeito da Zona Sul, Bernardo Rubião.
As espécies selecionadas para compor a área são de brejo e restinga, como grama do mangue, samambaia do brejo, pitanga, clusia, sofora, guriri e aroeira. Um lago natural com água da própria lagoa passou a fazer parte da paisagem e já é apreciado pela família de capivaras que habita a região, com seis filhotes, e outros animais. São frangos d’água, socozinho, garça-branca-grande, garça-pequena-branca, gambá, bem-te-vi, João-de-barro, casaca-de-couro-na-lama, lavadeira mascarada, entre outros.
“Estamos devolvendo, ao todo, 2.500 metros quadrados para a Lagoa, que ao longo do tempo ela foi perdendo. Queremos expandir para outros lugares projetos como este, que enxergam de outra forma o alagamento, dando soluções baseadas na natureza para estas áreas e para que possamos ter uma cidade mais resiliente”, destacou o presidente da Fundação Rio-Águas, Wanderson Santos.
Primeiro trecho concluído em 2023
Depois de mais de 100 anos com sucessivos aterramentos, a Lagoa está voltando a crescer e ampliando a biodiversidade na região. O primeiro trecho na altura do Parque do Cantagalo naturalizou uma área de 1.500 metros quadrados e foi concluído em outubro do ano passado. As duas ações do projeto são iniciativas que vão ao encontro do modelo “Cidade-esponja”, utilizado para oferecer soluções baseadas na natureza às áreas inundáveis.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.