Publicado 31/10/2024 07:29 | Atualizado 31/10/2024 07:31
Rio - A Polícia Civil e o Ministério Público realizam, nesta quarta-feira (31), a operação “Quéops” contra o maior esquema de pirâmide financeira do estado. Ao todo, os agentes buscam cumprir 10 mandados de busca e apreensão, além do sequestro de bens e bloqueio de ativos financeiros de R$1,4 mil. O grupo, que atua desde 2015, já teria movimentado cerca de R$ 1 bilhão.
PublicidadeO esquema acumula lucros às custas do prejuízo financeiro de centenas de vítimas. A partir das investigações da 81ªDP (Itaipu), o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do MPRJ (Gaeco) denunciou 39 pessoas pelos crimes de estelionato e organização criminosa.
Os mandados, expedidos pela Vara Especializada em Organizações Criminosas, estão sendo cumpridos nos bairros do Flamengo e Jacarepaguá, na capital fluminense, e nos municípios de Niterói e Magé, contra os administradores das empresas, todos integrantes da mesma família.
Ainda durante as investigações, as vítimas relataram que foram iludidas a contratar empréstimo bancário, tendo a empresa criminosa como intermediária, junto aos bancos. Os criminosos ficavam com 90% do valor do empréstimo, repassando apenas 10%.
A empresa dizia se responsabilizar pela quitação de um novo empréstimo bancário, em 12 meses, e o ganho de 10% serviria para quitar parte do empréstimo antigo, o que parecia atrativo para as vítimas. Os criminosos pagavam três ou quatro parcelas, e passavam a não mais honrar o compromisso.
Em uma das fraudes, o grupo contraiu um empréstimo de R$ 327.669,26 em nome de uma vítima. Com os ganhos, a organização se fortalecia e crescia cada vez mais, constituindo novas empresas para a prática de novos crimes. Eles chegavam a ameaçar as vítimas, para que não denunciassem os casos. O grupo atuaria, ainda, no estado de São Paulo.
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