Publicado 07/11/2024 10:34 | Atualizado 07/11/2024 13:48
Rio - A Polícia Civil do Rio prendeu, na manhã desta quinta-feira (7), um homem na segunda fase da Operação Paenitere, que mira uma organização criminosa especializada no golpe do novo número.
PublicidadeO criminoso, identificado como Felipe Martiniano Marques dos Santos, foi preso em Magé, na Baixada Fluminense. Ele era responsável por obter as informações da vítima antes do golpe, segundo o delegado titular da 12ª DP (Copacabana), Angelo Lages.
"Ele era responsável pela obtenção dos dados das possíveis vítimas e conseguia as informações, como celular, nome de parentes. Muitas vezes, quando se tratava de fraude bancária, ele conseguia informação de quem seria o gerente da conta. Informações que possibilitasse uma engenharia social. Depois, parte da quadrilha entrava em contato com a vítima e iniciava a tentativa de golpe", explicou o delegado.
A ação tem como objetivo o cumprimento de aproximadamente 100 mandados de prisão temporária e de busca e apreensão nos Municípios de Magé, no Rio; Barra do Garças, no Mato Grosso; Goiânia, Aparecida de Goiânia, Senador Canedo, Trindade, Porangatu, Jaraguá, Santa Helena e Britânia, em Goiás. Além disso, agentes visam o sequestro de bens de mais de R$ 7 milhões.
A operação é realizada em conjunto pela Polícia Civil do Estado de Goiás, 12°DP (Copacabana) e Polícia Civil do Mato Grosso.
A investigação começou com a notícia crime de que suspeitos, em Goiás, aplicaram o golpe do novo número ao fingirem ser uma famosa modelo e influencer digital do Estado de Santa Catarina e enganarem a mãe dela, uma senhora idosa que teve um prejuízo de aproximadamente R$ 125 mil.
Na primeira fase, foram cumpridos seis mandados de prisão temporária e seis de busca e apreensão.
Com as investigações, constatou-se a existência de uma associação criminosa composta por vários integrantes, cada qual com suas respectivas funções, que praticam golpes contra vítimas residentes em todo o Brasil. A quadrilha movimentou, em quase um ano, aproximadamente R$ 7,1 milhões.
Foram identificados integrantes de todos os níveis hierárquicos da associação criminosa, fechando a cadeia do crime, desde o cabeça responsável pela engenharia social enganando a vítima, o fornecedor de banco de dados de vítimas (grades), os aliciadores de contas bancárias, os responsáveis por fornecer contas para receber os valores das vítima e ainda os responsáveis por fornecer as contas de passagem de segundo nível para ocultarem a origem ilícita dos valores.
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