Icaro foi visto pela última vez em junho deste anoReprodução
Publicado 08/11/2024 07:41
Rio - A Polícia Civil realizou, na manhã desta sexta-feira (8), uma operação para prender cinco pessoas envolvidas em um homicídio na comunidade Taboinha, em Vargem Grande, na Zona Oeste. De acordo com as investigações, Icaro Achilles Moreira, de 33 anos, foi visto pela última vez em junho e teria sido vítima do "tribunal da milícia" que atua na região.
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Segundo a polícia, ao entrarem na localidade, os agentes foram recebidos a tiros, e houve intensa troca de disparos. Os criminosos fugiram para uma área de mata e os policiais fizeram uma varredura na região para localizar os alvos. Durante a ação, um homem com mandado de prisão em aberto por tráfico de drogas foi detido.
A Delegacia de Descoberta de Paradeiros (DDPA) descobriu que Icaro encontrou um cartão no chão da comunidade e fez compras em diversos estabelecimentos comerciais. Imagens de câmeras de segurança flagraram a ação do rapaz. Segundo a polícia, ele não possuía anotações criminais. 


As investigações apontam que o marido da dona do cartão conseguiu acessar essas imagens e identificou Icaro como o autor das compras. Em seguida, ele e o primo denunciaram o rapaz aos milicianos da região. "O Icaro usou o cartão de uma moradora e ao longo de quatro dias foi usando em diversos estabelecimentos dentro e fora da comunidade. O marido dela descobriu através de análises de câmeras e o entregou à milicia dominante na área", explicou a titular da DDPA, Elen Souto.
Segundo a polícia, quatro dias depois, o jovem foi abordado por criminosos e levado para sua residência, onde teve os pertences roubados. Em seguida, a vítima foi encaminhada para outro local, e desde então, não foi mais visto. O corpo de Icaro não foi encontrado.
Após as investigações, a especializada pediu a prisão de Vitor Vinicius Silva de Oliveira e Anderson Igor Sousa dos Santos, marido e primo da dona do cartão, respectivamente. Além de Kauã, Wellington e Phellipe de Souza Batista, apontado como o chefe do grupo paramilitar. Todos vão responder por homicídio e ocultação de cadáver.
De acordo com a delegada, as investigações vão continuar para localizar os alvos, que já são considerados foragidos, e tentar encontrar o cadáver da vítima. A corporação acredita que o corpo esteja enterrado em uma área de mata ao redor da comunidade.
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