Alex d’Oxala, coordenador do Movimento Umbanda Rio, no palco do eventoAlex d'Oxala / Umbanda Rio
Publicado 15/11/2024 15:01 | Atualizado 15/11/2024 19:17
Rio – Considerado uma das maiores reuniões de terreiros do Brasil, o Encontro Anual Umbanda Rio promoveu a sua 11ª edição nesta sexta-feira (15), no Clube dos Sargentos e Suboficiais da Aeronáutica, em Cascadura, Zona Norte do Rio. O evento contou com shows, espaço gastronômico e feira com exposições de moda afro e artesanato, entre outras atrações.
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Fundador e coordenador do Movimento Umbanda Rio, que organiza a festividade, Alex d'Oxala conta ao DIA que representantes de 14 estados participaram, além de um público com cerca de 3 mil pessoas. A celebração também reúniu encontros dos representantes de diversos templos afro-brasileiros. "Nós temos uma rotina de trabalho muito intensa. Não conseguimos parar para nos ver. Essa data marca o encontro desses terreiros e comunidades que trabalham o ano inteiro pelos assistidos, das pessoas que precisam de um aconselhamento, uma palavra, de axé", explica.
Em 15 de novembro, comemora-se o Dia Nacional da Umbanda. Nesta data, em 1908, o médium Zélio de Moraes incorporou, em um centro espírita de São Gonçalo, o espírito indígena Caboclo das Sete Encruzilhadas. A entidade se apresentou como o mensageiro de uma nova religião.
Já o encontro anual surgiu a partir de amigos umbandistas no Orkut, rede social encerrada em 2014. "O primeiro aconteceu no Parque Madureira. O encontro [em 2013], que seria para 20, 30 pessoas, reuniu 500. Ele foi aumentando, sempre em locais públicos, inicialmente. Ele foi aumentando, e os pais de santos, que são idosos, começaram a vir também. Não tinha uma estrutura bacana para proteger do sol, da chuva, e então, começamos a optar por levar para clubes", diz Alex.
O Encontro Umbanda Rio 2024 contou, ainda, com mais de 10 atrações musicais que tocam cantigas dos centros de umbanda, seguidas de sambas e pagodes. Artigos de moda afro, artesanato e artigos religiosos puderam ser encontrados na feira "Macumbazar", além de um estande de gastronomia de terreiro.
Alex afirma que um dos seus objetivos principais é divulgar a sua religião para as pessoas que não a conhecem e, assim, buscar diminuir o preconceito. "Não é apenas uma intolerância religiosa. São casos de terrorismo religioso onde templos estão sendo vilipendiados, invadidos, médiuns estão sendo mortos em nome de uma ideologia que prega o ódio. As casas de santos vivem o ódio a partir de denominações que se apresentam como cristãs, aonde a gente não vê nenhum dos valores de Cristo mencionados", pondera.
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