Publicado 17/11/2024 12:48
Rio – O prefeito Eduardo Paes explicou a solicitação da criação de uma rede de municípios voltada para facilitar o acesso a financiamento de projetos urbanos sustentáveis, com o apoio do Banco Mundial. Em entrevista coletiva após o encerramento do U20 neste domingo (17), no Armazém da Utopia, Zona Portuária do Rio, ele destacou que o grupo está trabalhando em uma "modelagem para superar os obstáculos" que dificultam a atração desses investimentos. O objetivo da iniciativa é fomentar a troca de experiências e o apoio mútuo entre as cidades, criando um ambiente mais favorável para a captação de verbas, que devem totalizar U$S 800 bilhões e serão aplicadas em ações climáticas até 2030.
PublicidadeSegundo o prefeito, a principal dificuldade está em viabilizar o acesso aos recursos disponíveis, que frequentemente exigem garantias de governos nacionais. "O desafio é sempre esse: como fazer com que esses recursos cheguem ao município? Muitas vezes, o governo brasileiro precisa autorizar o endividamento que buscamos junto a instituições internacionais, já que a garantia impacta o balanço federal", explicou.
A modelagem apresentada pelo grupo busca eliminar essa etapa, permitindo que os municípios negociem diretamente com as instituições financeiras, com base em suas próprias condições fiscais, sem sobrecarregar o balanço do governo federal. "Isso flexibiliza muito o processo, pois passa a considerar as contas do município, e não as do governo federal", concluiu Paes.
Fundo internacional para combater mudanças climáticas
A prefeita de Freetown (Serra Leoa), Yvonne Aki-Sawyerr, que também é vice-presidente do C40, grupo de quase 100 prefeitos ao redor do mundo, declarou não ter clareza sobre a origem exata dos recursos necessários. No entanto, destacou que o comunicado entregue ao presidente Lula é uma tentativa de colocar essa questão nas mãos do G20, que, segundo ela, possui as respostas.
Aki-Sawyerr mencionou que "existem mecanismos" para viabilizar esses recursos, citando o "fundo de perdas e danos climáticos" aprovado na COP28. Ela também cobrou um compromisso mais firme dos países ricos, historicamente responsáveis pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa, para contribuir financeiramente. "Os maiores responsáveis devem ser justamente aqueles que assumam o financiamento. Vemos que países que emitem menos gases estão sofrendo com incêndios florestais, enchentes, secas e ondas extremas de calor. Quem causou esses problemas deve arcar com os custos para solucioná-los", afirmou.
Aki-Sawyerr mencionou que "existem mecanismos" para viabilizar esses recursos, citando o "fundo de perdas e danos climáticos" aprovado na COP28. Ela também cobrou um compromisso mais firme dos países ricos, historicamente responsáveis pela maior parte das emissões de gases de efeito estufa, para contribuir financeiramente. "Os maiores responsáveis devem ser justamente aqueles que assumam o financiamento. Vemos que países que emitem menos gases estão sofrendo com incêndios florestais, enchentes, secas e ondas extremas de calor. Quem causou esses problemas deve arcar com os custos para solucioná-los", afirmou.
A prefeita de Phoenix (Estados Unidos), Kate Gallego, também marcou presença na coletiva de imprensa.
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