Publicado 17/11/2024 19:08 | Atualizado 17/11/2024 19:09
Rio - O secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, defendeu, neste domingo (17), que os países membros do G20 exerçam "liderança decisiva" em questões globais como mudanças climáticas, economia, tecnologia e a promoção de paz. Em coletiva de imprensa no Vivo Rio, no Aterro do Flamengo, na Zona Sul, ele chamou atenção para a responsabilidade das nações ampliarem os esforços por soluções para o policrise global.
PublicidadeEm seu discurso, Guterres fez um apelo por cessar-fogos imediatos e soluções diplomáticas em conflitos críticos ao redor do mundo e pediu que os líderes se comprometam a encerrar o quanto antes as crises humanitárias em curso.
"Devemos agir pela paz. Paz em Gaza, com um cessar-fogo imediato, a libertação de todos os reféns e o início de um processo irreversível rumo à solução de dois Estados. Paz no Líbano, na Ucrânia e no Sudão, com ações baseadas nos valores da Carta da ONU, no Estado de direito e nos princípios de soberania e integridade territorial", declarou.
O secretário também apontou que o sistema financeiro global já não consegue mais atender as necessidades da conjuntura, principalmente dos países em desenvolvimento e pequenas economias. Ele destacou a urgência por aumentar a representatividade do Sul Global nas instituições financeiras internacionais e fortalecer os Bancos Multilaterais de Desenvolvimento (MDBs, na sigla em inglês).
"Países vulneráveis enfrentam enormes obstáculos que não são de sua responsabilidade. Eles não estão recebendo o nível de apoio necessário de uma arquitetura financeira internacional que é ultrapassada, ineficaz e injusta", continuou.
O chefe das Nações Unidas disse esperar do Grupo dos 20, com relação as medidas contra a crise climática, mais ambição nas metas e compromissos sólidos, principalmente durante a COP29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece até o próximo dia 22, em Baku, no Azerbaijão. O secretário-geral afirmou também que os países desenvolvidos têm a missão de apoiar as economias emergentes nas ações de adaptação climática.
O chefe das Nações Unidas disse esperar do Grupo dos 20, com relação as medidas contra a crise climática, mais ambição nas metas e compromissos sólidos, principalmente durante a COP29 (Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas), que acontece até o próximo dia 22, em Baku, no Azerbaijão. O secretário-geral afirmou também que os países desenvolvidos têm a missão de apoiar as economias emergentes nas ações de adaptação climática.
"O fracasso não é uma opção. O G20 deve liderar com planos nacionais alinhados ao objetivo de limitar o aquecimento global a 1,5°C. Brasil e Reino Unido já mostraram o caminho, mas todos os países do G20 precisam fazer um esforço adicional", pontuou Guterres, que citou ainda a Iniciativa Global para a Integridade da Informação sobre as Mudanças Climáticas, liderada pelo Brasil, em conjunto com a Unesco, para impedir campanhas de desinformação sobre a mudança do clima. A ação será lançada na próxima terça-feira (19), no segundo dia da Cúpula de Líderes.
Na coletiva, António Guterreza convocou o G20 a garantir o acesso equitativo ao desenvolvimento de novas tecnologias, como a inteligência artificial, especialmente para países do Sul Global. Ele espera que todos os países se beneficiem da tecnologia e acredita que o Grupo precisa liderar pelo exemplo, "para restaurar a confiança, a credibilidade e a legitimidade de todos os governos e do sistema global nesses tempos turbulentos".
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