Publicado 26/11/2024 09:04 | Atualizado 26/11/2024 11:08
Rio - Um esquema de lavagem de dinheiro operado por responsáveis pela rede de farmácias Cumani que atuam em áreas controladas pela milícia Liga da Justiça, na Zona Oeste do Rio, foi alvo de uma operação da Polícia Civil nesta terça-feira (26). De acordo com as investigações, o grupo teria movimentado cerca de R$ 50 milhões entre 2019 e 2023, valor considerado incompatível com o porte e as atividades da rede.
PublicidadeA Operação Hígia, conduzida pela Delegacia de Combate às Organizações Criminosas e à Lavagem de Dinheiro (DCOC-LD), cumpriu 16 mandados de busca e apreensão em endereços ligados aos envolvidos, principalmente na Zona Oeste. Um deles foi em um condomínio de luxo na Estrada da Cachamorra, em Campo Grande.
A ação visou reunir provas que contribuam para aprofundar as investigações e desestruturar o esquema de lavagem de dinheiro, cortando o suporte financeiro da milícia. A Polícia Civil também busca a responsabilização dos envolvidos e a prisão dos líderes da organização criminosa.
As investigações apontam que a rede Cumani foi usada para ocultar recursos obtidos através de práticas ilícitas, contando com o apoio de laranjas e da influência da milícia para evitar a fiscalização e consolidar o esquema criminoso. Segundo a polícia, a análise de documentos de inteligência financeira revelou fortes vínculos entre os empresários e os milicianos.
As investigações apontam que a rede Cumani foi usada para ocultar recursos obtidos através de práticas ilícitas, contando com o apoio de laranjas e da influência da milícia para evitar a fiscalização e consolidar o esquema criminoso. Segundo a polícia, a análise de documentos de inteligência financeira revelou fortes vínculos entre os empresários e os milicianos.
Os agentes descobriram que, além de utilizar laranjas e empresas para ocultar recursos ilícitos, o grupo também intimidava profissionais de órgãos fiscalizadores que poderiam atuar contra a rede de farmácias investigada.
Em nota, a rede de farmácias Cumani repudiou as acusações que, segundo o grupo, são infundadas e difamatórias. O comunicado esclarece que não há acusações formais contra o Grupo Cumani ou seus diretores. Diz, ainda, que nenhum membro da direção foi chamado para depor e que não existem evidências concretas que embasem tais alegações. "Essas acusações são fruto de especulações e investigações sem comprovação, que prejudicam nossa reputação e honra", diz trecho.
O grupo reafirmou seu compromisso com a ética, a transparência e a legalidade, além de sua dedicação à saúde e bem-estar dos clientes, destacando "confiança na justiça brasileira". Por fim, exigiu uma apuração rigorosa para identificar os responsáveis pelas calúnias.
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