Publicado 08/12/2024 13:36
Rio - A Polícia Civil investiga um possível caso de danos ao patrimônio da socialite Regina Lemos Gonçalves, de 88 anos, que teria sido mantida em cárcere privado pelo ex-motorista José Marcos Chaves Ribeiro durante dez anos. A denúncia aponta irregularidades na locação de um espaço pertencente à socialite no Centro do Rio e na venda abaixo do preço de mercado de um apartamento da vítima em São Conrado, na Zona Oeste. Ela não teria recebido o dinheiro em nenhuma das duas negociações.
PublicidadeJosé Marcos é considerado foragido desde o último dia 21, quando a 4ª Vara Criminal da Capital expediu um mandado de prisão preventiva contra o motorista. Ele responde por tentativa de feminicídio, sequestro, violência psicológica e furto qualificado. A decisão judicial se baseou em diversos depoimentos, inclusão de laudos, boletins de atendimento e detalhes do período em que Regina viveu com o acusado.
O caso veio a tona depois que Regina fugiu do apartamento onde morava, no luxuoso Edifício Chopin, em Copacabana, e denunciou a situação. As investigações apontam que José Marcos, que controlava a parte financeira da vítima, fugiu com todo o dinheiro.
Já a a acusação de tentativa de feminicídio corresponde a uma internação no dia 30 de dezembro de 2021, quando a socialite foi levada para o hospital com uma lesão na cabeça. Ela precisou ser operada e só teve alta em janeiro de 2022, mas ninguém da família foi comunicado.
Regina é viúva e herdeira do empresário Nestor Gonçalves, fundador da Copag, famosa marca de cartas de baralho. O Edifício Chopin, onde a socialite morava com o acusado, fica ao lado do icônico Copacabana Palace e é considerado um dos endereços mais prestigiados da cidade. Com vista para a Praia de Copacabana, o prédio é conhecido por abrigar apartamentos de alto padrão, com valores que podem ultrapassar os R$ 30 milhões, dependendo da unidade. O prédio é lar de diversas personalidades públicas, como empresários, políticos e artistas renomados.
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