Publicado 10/12/2024 08:21
Rio - O traficante Luiz Fernando da Costa, o Fernandinho Beira-Mar, foi alvo de mais uma fase da Operação Torniquete, nesta terça-feira (10). Preso na Penitenciária Federal de Catanduvas, no Paraná, o criminoso é investigado por integrar uma quadrilha que gerencia o tráfico de drogas e planeja grande parte dos roubos a veículos de cargas em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense. O grupo causou prejuízos de cerca de R$ 4 milhões.
PublicidadeA 60ª DP (Campos Elísios) e o Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado do Ministério Público do Rio (Gaeco/MPRJ) cumpriram 28 mandados de busca e apreensão contra a organização criminosa em presídios e em endereços das cidades de Duque de Caxias e São Gonçalo, na Região Metropolitana, e nos bairros do Caju e Madureira, no Rio. Os alvos são membros do Comando Vermelho, denunciados por associação para o tráfico de drogas. Durante a ação, duas pessoas foram presas em flagrante e uma motocicleta apreendida.
A ação teve apoio da Polícia Penal Federal e da Secretaria de Administração Penitenciária (Seap) e as equipes também realizaram buscas na Penitenciária Federal de Catanduvas; Penitenciária Moniz Sodré, Cadeia Pública Jorge Santana, Penitenciária Jonas Lopes de Carvalho, Presídio Pedro Mello da Silva e na Cadeia Pública Paulo Roberto Rocha, no Complexo de Gericinó; além de no Presídio Ary Franco, em Água Santa. Os mandados foram expedidos pelo Juízo da 2ª Vara Criminal de Duque de Caxias.
Segundo as investigações, além de gerenciar o tráfico e a distribuição de drogas, os criminosos estão envolvidos com grande parte dos roubos a veículos de cargas da Baixada Fluminense. Os promotores do Gaeco apontam que as ordens para os crimes partem de dentro dos presídios, por alguns dos denunciados, e os crimes da quadrilha financiam o tráfico de drogas, já que 50% do produto dos roubos é destinado ao CV que, com o domínio territorial e o fornecimento de estrutura e armas, possibilita a prática dos roubos.
Ainda de acordo com as investigações, membros da organização criminosa, aliados a ladrões de cargas com informação privilegiada, foram responsáveis por dezenas de crimes em vias expressas. O grupo vem das comunidades do Cangulo, Rua Sete, Jardim Ana Clara e Parque das Missões, em Caxias, e pratica os crimes na Avenida Brasil, na Rodovia Washington Luiz e na Rio-Magé, com armamento e aparelho bloqueador de sinais fornecidos pela facção.
Além de Beira-Mar, os mandados eram contra outras lideranças do tráfico local, que atuam no revezamento de apoio logístico, liberando o uso de espaço dentro das comunidades que exploram para o transbordo das cargas. A ação faz parte da segunda fase da Operação Torniquete, que tem como objetivo reprimir roubos, furtos e receptação de cargas e de veículos, para financiar as atividades das facções criminosas. Desde setembro, já são mais de 240 presos e veículos e cargas recuperados.
Fernandinho Beira-Mar
Fernandinho Beira-Mar, de 57 anos, foi um dos principais nomes do Comando Vermelho durante a década de 1990, quando controlava diversos pontos de tráfico de drogas nas favelas do Rio. Preso desde 2001, o traficante continua sendo uma das lideranças da facção criminosa e acumula condenações que chegam a 309 anos e 2 meses de prisão, por crimes como tráfico de drogas e homicídios.
A primeira condenação por tráfico de drogas de Beira-Mar, de 12 anos, ocorreu no início dos anos 1990, mas o criminoso só foi preso em 1996, em Minas Gerais. Na ocasião, ele acabou condenado a mais 12 anos, mas acabou fugindo do presídio no ano seguinte. Em 1999, ele voltou a ser condenado pela Justiça, dessa vez por homicídio triplamente qualificado, por ter ordenado a morte de um homem que teria tido relação amorosa com uma ex-amante dele.
Foragido fora do Brasil, o traficante teria se relacionado com membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e se tornando fornecedor de armas para o grupo. Em 2001, ele acabou preso pelo Exército Colombiano, em uma região de selva do país, e levado de volta para uma carceragem da Polícia Federal, no Brasil. Em 2002, o criminoso foi transferido para o Rio e em 2006, inaugurou a Penitenciária de Catanduvas, quando o modelo de segurança máxima federal foi criado.
Desde então, Fernandinho passou por diversas transferências de presídios, entre eles a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ea Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondônia. A mais recente delas aconteceu em março deste ano, quando ele deixou a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte,dias após a fuga de detentos de umaprisão de segurança máxima, e voltou para Catanduvas, onde está atualmente.
Em 2015, Beira-Mar foi condenado pelo Tribunal do Júri do Rio a120 anos de prisão porhomicídio duplamente qualificado contra quatro detentosde uma facção rival, durante uma rebelião no presídio Bangu I,no ano de 2002. Além da Justiça fluminense, ele tem também condenações de 29 anos e 8 meses no Paraná; 15 anos no Mato Grosso; e 11 anos em Minas Gerais.
Fernandinho Beira-Mar, de 57 anos, foi um dos principais nomes do Comando Vermelho durante a década de 1990, quando controlava diversos pontos de tráfico de drogas nas favelas do Rio. Preso desde 2001, o traficante continua sendo uma das lideranças da facção criminosa e acumula condenações que chegam a 309 anos e 2 meses de prisão, por crimes como tráfico de drogas e homicídios.
A primeira condenação por tráfico de drogas de Beira-Mar, de 12 anos, ocorreu no início dos anos 1990, mas o criminoso só foi preso em 1996, em Minas Gerais. Na ocasião, ele acabou condenado a mais 12 anos, mas acabou fugindo do presídio no ano seguinte. Em 1999, ele voltou a ser condenado pela Justiça, dessa vez por homicídio triplamente qualificado, por ter ordenado a morte de um homem que teria tido relação amorosa com uma ex-amante dele.
Foragido fora do Brasil, o traficante teria se relacionado com membros das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc) e se tornando fornecedor de armas para o grupo. Em 2001, ele acabou preso pelo Exército Colombiano, em uma região de selva do país, e levado de volta para uma carceragem da Polícia Federal, no Brasil. Em 2002, o criminoso foi transferido para o Rio e em 2006, inaugurou a Penitenciária de Catanduvas, quando o modelo de segurança máxima federal foi criado.
Desde então, Fernandinho passou por diversas transferências de presídios, entre eles a Penitenciária Federal de Campo Grande, no Mato Grosso do Sul, ea Penitenciária Federal de Segurança Máxima de Porto Velho, em Rondônia. A mais recente delas aconteceu em março deste ano, quando ele deixou a Penitenciária Federal de Mossoró, no Rio Grande do Norte,dias após a fuga de detentos de umaprisão de segurança máxima, e voltou para Catanduvas, onde está atualmente.
Em 2015, Beira-Mar foi condenado pelo Tribunal do Júri do Rio a120 anos de prisão porhomicídio duplamente qualificado contra quatro detentosde uma facção rival, durante uma rebelião no presídio Bangu I,no ano de 2002. Além da Justiça fluminense, ele tem também condenações de 29 anos e 8 meses no Paraná; 15 anos no Mato Grosso; e 11 anos em Minas Gerais.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.