Entrada do Hospital Naval Marcílio Dias, no Lins de Vasconcelos, Zona NortePedro Teixeira / Agência O Dia
Publicado 10/12/2024 12:13 | Atualizado 10/12/2024 16:30
Rio - Uma médica da Marinha foi baleada na cabeça na manhã desta terça-feira (10) dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, localizado no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte do Rio. Gisele Mendes de Souza e Mello participava de uma cerimônia em um dos prédios da unidade quando foi atingida.
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A militar foi socorrida por colegas e levada para o centro cirúrgico. De acordo com a Marinha do Brasil, o quadro de saúde da médica é grave.
Gisele é capitão de Mar e Guerra, médica geriatra e superintendente do Hospital Naval Marcílio Dias.

No momento em que a vítima foi atingida, a Polícia Militar realizava uma operação nas comunidades do Complexo do Lins. De acordo com a corporação, os policiais foram atacados por criminosos ao chegarem na comunidade do Gambá.
Ainda segundo a PM, após o confronto, os agentes receberam a informação de que uma vítima havia sido ferida no hospital. O policiamento foi reforçado na região.

Em nota, a Marinha do Brasil lamentou o ocorrido e se solidarizou com amigos e familiares de Gisele baleada. A instituição informou que está prestando todo o apoio necessário para garantir a recuperação da médica.
Procurada, a Polícia Civil disse que a investigação está a cargo da Marinha. A corporação informou, ainda, que já se colocou à disposição para dar qualquer apoio necessário no curso da apuração.
A Comissão de Defesa dos Direitos Humanos e Cidadania (CDDHC) da Alerj expressou consternação pelo episódio. A presidente da Comissão, deputada Dani Monteiro, criticou a falta de planejamento nas ações de segurança pública e cobrou uma investigação rigorosa e imediata para esclarecer o caso. A CDDHC também se solidarizou com a médica, desejando sua pronta recuperação, e destacou que se coloca à disposição da família e amigos.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro informou que a capitão de mar e guerra participava de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha do Brasil, quando foi atingida. O CREMERJ também reforço que o Hospital Naval Marcílio Dias é referência em atendimentos que vão de baixa à alta complexidade e lamentou que uma unidade tão conceituada tenha sido palco de uma violência tão estarrecedora.
"O Conselho se solidariza com a médica, a família e os amigos que estão vivendo este momento terrível e pede às autoridades celeridade na apuração dos fatos, responsabilização dos culpados e um plano para evitar efeitos colaterais da violência urbana e de operações policiais realizadas nas proximidades de estabelecimentos de saúde", diz a nota.
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