Publicado 10/12/2024 17:36
Rio - Morreu na tarde desta terça-feira (10) a médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello, baleada na cabeça dentro do Hospital Naval Marcílio Dias, localizado no Lins de Vasconcelos, na Zona Norte. O caso aconteceu durante uma operação policial nas comunidades do Complexo do Lins.
PublicidadeA militar foi socorrida por colegas e levada para o centro cirúrgico, mas não resistiu. Gisele era capitão de Mar e Guerra, médica geriatra e superintendente da unidade de saúde onde foi baleada.
"A Marinha se solidariza com familiares e amigos e informa que está prestando todo o apoio nesse momento de grande dor e tristeza", informa a nota.
Gisele era mãe do assessor da vereadora Monica Cunha (Psol), presidente da Comissão de Combate ao Racismo da Câmara Rio. Por meio das redes sociais, ela informou que a vítima morreu no dia em que seu outro filho está completando 22 anos.
"Hoje deveria ter sido um dia de felicidade pra Gisele. Seu outro filho fez 22 anos. Mas não, a história contada pelas Op [operações] policiais e armas é sempre de dor: o jovem perdeu sua mãe no dia de seu aniversário. Quantos mais?", publicou no X.
De acordo com a Polícia Militar, os agentes foram atacados por criminosos ao chegarem na comunidade do Gambá. Ainda segundo a corporação, após o confronto, os militares receberam a informação de que uma vítima havia sido ferida no hospital. O policiamento foi reforçado na região.
Procurada, a Polícia Civil disse que a investigação está a cargo da Marinha. A corporação informou, ainda, que já se colocou à disposição para dar qualquer apoio necessário no curso da apuração.
O Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro informou que a capitão de mar e guerra participava de um evento no auditório da Escola de Saúde da Marinha do Brasil, quando foi atingida. O CREMERJ também reforço que o Hospital Naval Marcílio Dias é referência em atendimentos que vão de baixa à alta complexidade e lamentou que uma unidade tão conceituada tenha sido palco de uma violência tão estarrecedora.
"O Conselho se solidariza com a médica, a família e os amigos que estão vivendo este momento terrível e pede às autoridades celeridade na apuração dos fatos, responsabilização dos culpados e um plano para evitar efeitos colaterais da violência urbana e de operações policiais realizadas nas proximidades de estabelecimentos de saúde", diz a nota.
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