Publicado 11/12/2024 16:55 | Atualizado 11/12/2024 20:28
Rio - O sentimento de insegurança e medo de quem frequenta o Hospital Naval Marcílio Dias (HNMD), no bairro do Lins de Vasconcelos, na Zona Norte, já existia muito antes da trágica morte da médica da Marinha Gisele Mendes de Souza e Mello. Servidores, pacientes e acompanhantes relataram ao DIA que temem pela vida nas idas ao hospital. Todos os entrevistados pediram anonimato.
PublicidadeUm militar da reserva, em acompanhamento oncológico no HNMD, diz que a sensação de insegurança é constante e que as ruas de acesso à unidade de saúde, cercadas por comunidades controladas pelo tráfico de drogas, não contam com policiamento adequado.
"A sensação de insegurança lá é contínua. O hospital é rodeado por favelas. No entorno, há uma quantidade absurda de motos trafegando sem placa, sem capacete e, muitas vezes, com indivíduos usando tornozeleira eletrônica", afirma o militar. Ele acrescenta que o HNMD adota um protocolo que impede a saída de pessoas do hospital durante tiroteios.
Nesta quarta-feira (11), um dia após a morte da médica Gisele, o militar esteve no hospital para uma consulta médica. Ele descreveu um cenário de pouca movimentação e reforço policial nas ruas próximas. "Eu vi pelo menos dois caminhões dos fuzileiros e uma viatura. Também tinha um blindado da Polícia Militar atravessado na pista, na rua de acesso. O clima está esquisito. Nunca há vagas no estacionamento, mas hoje tinha. A movimentação está menor em relação a um dia normal. Mas sabemos que isso será temporário", observa.
Outro denunciante, que frequenta o hospital há 10 anos, diz que ouve frequentemente barulhos de tiroteios no Complexo do Lins. "Eu levava a minha mulher para tratamento contra o câncer e também levei meu pai por anos, pois ele era transplantado renal. O sentimento é de insegurança mesmo", disse.
Uma servidora do hospital também denunciou à reportagem que trabalhar no local é desafiador devido às constantes operações policiais ou trocas de tiros entre criminosos na região. "Os aplicativos de transporte demoram muito para aceitar a corrida. É realmente um lugar perigoso, e quase ninguém aceita ser transferido para cá", afirma.
Baleada com um tiro na nuca dentro da unidade de saúde, Gisele participava de um evento no local na manhã de terça-feira (10). A Polícia Civil informou que a Marinha do Brasil está responsável pelas investigações. O órgão apura a origem do disparo que atingiu a militar. O caso ocorreu durante uma operação policial no Complexo do Lins, conjunto formado por 16 favelas, atualmente dominado pelo Comando Vermelho (CV).
Nesta quarta-feira (11), um dia após a morte da médica Gisele, o militar esteve no hospital para uma consulta médica. Ele descreveu um cenário de pouca movimentação e reforço policial nas ruas próximas. "Eu vi pelo menos dois caminhões dos fuzileiros e uma viatura. Também tinha um blindado da Polícia Militar atravessado na pista, na rua de acesso. O clima está esquisito. Nunca há vagas no estacionamento, mas hoje tinha. A movimentação está menor em relação a um dia normal. Mas sabemos que isso será temporário", observa.
Outro denunciante, que frequenta o hospital há 10 anos, diz que ouve frequentemente barulhos de tiroteios no Complexo do Lins. "Eu levava a minha mulher para tratamento contra o câncer e também levei meu pai por anos, pois ele era transplantado renal. O sentimento é de insegurança mesmo", disse.
Uma servidora do hospital também denunciou à reportagem que trabalhar no local é desafiador devido às constantes operações policiais ou trocas de tiros entre criminosos na região. "Os aplicativos de transporte demoram muito para aceitar a corrida. É realmente um lugar perigoso, e quase ninguém aceita ser transferido para cá", afirma.
Baleada com um tiro na nuca dentro da unidade de saúde, Gisele participava de um evento no local na manhã de terça-feira (10). A Polícia Civil informou que a Marinha do Brasil está responsável pelas investigações. O órgão apura a origem do disparo que atingiu a militar. O caso ocorreu durante uma operação policial no Complexo do Lins, conjunto formado por 16 favelas, atualmente dominado pelo Comando Vermelho (CV).
O corpo da médica foi liberado do Instituto Médico Legal (IML) na manhã desta quarta-feira (11). O sepultamento da Capitão de Mar e Guerra Gisele será realizado nesta quinta-feira (12) de forma privada, apenas com a presença de familiares, amigos e colegas da Força Naval. Durante o funeral, serão prestadas as devidas honras fúnebres, conduzidas pela Marinha do Brasil. A família pediu privacidade neste momento.
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