Publicado 15/12/2024 00:00
Uma mistura de emoções como alegria e tristeza, insatisfação e realizações, esperança e desespero e muitos outros sentimentos controversos fazem parte do balanço de final de ano. A psicanalista Andréa Ladislau até usa um termo para definir esse período: a Dezembrite, que seria a Síndrome do Final do Ano quando muitas pessoas ficam meio depressivas por conta do Natal e das festas de Reveillon. "Os motivos podem ser e são, muito subjetivos, porém apesar da mudança de calendário causar grande alegria e motivação para muitos, para outros, ela eleva e agrava o nível de ansiedade, estresse, melancolia e tristeza", explica a profissional. fotogaleria
Especialista em Gestão de Saúde e especialista em Ciência da Felicidade, pela Universidade de Berkeley, na Califórnia, Chrystina Barros, também faz sua abordagem sobre dezembro, que pode ser um mês de descanso ou exaustão porque é o último de um ciclo intenso no qual as responsabilidades profissionais, pessoais e até os preparativos para as festas de fim de ano podem sobrecarregar o corpo e a mente.
PublicidadeEm entrevista ao jornal O DIA, as duas profissionais, a psicanalista Andréa Ladislau e a especialista em Ciência da Felicidade, Chrystina Barros, abordam a importância da reflexão sobre os 365 dias de 2024 que estão chegando ao fim e de como se preparar para o ano que vem.
O DIA: A senhora fala de exaustão, mas acredita que também exista um pouco de desânimo ou depressão porque as coisas não saíram a contento?
O DIA: A senhora fala de exaustão, mas acredita que também exista um pouco de desânimo ou depressão porque as coisas não saíram a contento?
Andréa Ladislau: Exatamente isso, além do cansaço acumulado pelos desafios e pela pressão do ano que chega ao fim, a Dezembrite gera um misto de emoções, sentimentos e muita ansiedade, também pelo que não foi feito, pelo que não se conquistou e pelos desejos não concretizados ao longo dos últimos 365 dias, estimulando o desânimo, a baixa autoestima e até a depressão, em caso de pessoas que já possuem uma tendência a ter o problema.
Chrystina Barros: Ao mesmo tempo que é marcado pela expectativa de fim de ano, é um período de exaustão, também tem um pouco de desânimo. Dezembro representa um ciclo que termina no dia 1º de janeiro, um novo ciclo imediatamente recomeçando, então existe muita alegria, a sensação de comemorar, de fechar o ano, de celebrar tanto o ano que se passou. Mas têm pessoas que renovam seus votos, e nesse momento, entre o que se passou e o que vem, esse balanço pode acabar gerando os sentimentos de frustração: São aquelas promessas de fim de ano que a gente faz, e vemos às vezes as brincadeiras.
Chrystina Barros: Ao mesmo tempo que é marcado pela expectativa de fim de ano, é um período de exaustão, também tem um pouco de desânimo. Dezembro representa um ciclo que termina no dia 1º de janeiro, um novo ciclo imediatamente recomeçando, então existe muita alegria, a sensação de comemorar, de fechar o ano, de celebrar tanto o ano que se passou. Mas têm pessoas que renovam seus votos, e nesse momento, entre o que se passou e o que vem, esse balanço pode acabar gerando os sentimentos de frustração: São aquelas promessas de fim de ano que a gente faz, e vemos às vezes as brincadeiras.
Eu quero perder 12 quilos e aí alguém aparece apagando o número um, então pode haver sim algum tipo de frustração, mas que são momentos muito importantes e é exatamente disso que a felicidade fala quando a gente para para se dar conta de balanços do que foi feito. Temos a oportunidade de entender que a felicidade não é alegria só por hoje da comemoração da ceia de Natal. A felicidade é o saldo, é o balanço e aí entender que o ano valeu a pena, que a vida vale a pena. E se reenergizar.
O DIA: Nessas ocasiões festivas, algumas famílias aproveitam para colocar as pendências e pendegas de um ano todo a limpo? A senhora acredita que esse tipo de catarse seja saudável?
Andréa Ladislau: Não é saudável, pois gera uma autocobrança absurda em torno de questões que, muitas vezes, fogem ao nosso controle. Neste sentido, vai apenas aumentar a frustração e a sensação de incapacidade. A mudança de calendário não é um decreto de que o mundo vai acabar. É preciso encarar o fechamento de ciclo como um tempo que segue e dará a chance e oportunidade de novas realizações e concretização do que não foi resolvido no ano que passou. Nem tudo precisa ser resolvido agora, e temos que ter a consciência de que não é saudável carregar o peso do 'perfeito' nas costas.
Chrystina Barros: É muito importante que a gente sempre deixe tudo muito limpo, mas nem sempre se consegue fazer isso a todo tempo, no dia a dia. Então, essa catarse pode ser saudável, independente se é só no fim do ano ou se ela acontece todos os dias. Quando a gente tem uma relação conturbada, pessoas que brigam e isso gera um divórcio, essa catarse já não deu certo. Uma catarse precisa ser respeitosa, propositiva, acontece para se resolver alguma coisa para o futuro, para se aprender com as lições do passado e para se fazer um tempo diferente. Se não for com essa intenção, se for para voltar e ancorar as sensações que o passado deixou, ela acaba não se tornando útil e pode inclusive se tornar uma perda muito grande ou uma doença, uma depressão.
O DIA: Filhos de pais separados sofrem pressão para ficar com o pai e a mãe. Sabemos que a justiça determina quem fica no Natal e Ano Novo, mas e, psicologicamente, como se sente a família?
Andréa Ladislau: A questão da guarda compartilhada é complicada nesses períodos de festas que envolvem, principalmente, um apego emocional mais intenso. Tanto a criança, quanto os adultos tendem a se sentir 'divididos' nessa convivência.
O DIA: Nessas ocasiões festivas, algumas famílias aproveitam para colocar as pendências e pendegas de um ano todo a limpo? A senhora acredita que esse tipo de catarse seja saudável?
Andréa Ladislau: Não é saudável, pois gera uma autocobrança absurda em torno de questões que, muitas vezes, fogem ao nosso controle. Neste sentido, vai apenas aumentar a frustração e a sensação de incapacidade. A mudança de calendário não é um decreto de que o mundo vai acabar. É preciso encarar o fechamento de ciclo como um tempo que segue e dará a chance e oportunidade de novas realizações e concretização do que não foi resolvido no ano que passou. Nem tudo precisa ser resolvido agora, e temos que ter a consciência de que não é saudável carregar o peso do 'perfeito' nas costas.
Chrystina Barros: É muito importante que a gente sempre deixe tudo muito limpo, mas nem sempre se consegue fazer isso a todo tempo, no dia a dia. Então, essa catarse pode ser saudável, independente se é só no fim do ano ou se ela acontece todos os dias. Quando a gente tem uma relação conturbada, pessoas que brigam e isso gera um divórcio, essa catarse já não deu certo. Uma catarse precisa ser respeitosa, propositiva, acontece para se resolver alguma coisa para o futuro, para se aprender com as lições do passado e para se fazer um tempo diferente. Se não for com essa intenção, se for para voltar e ancorar as sensações que o passado deixou, ela acaba não se tornando útil e pode inclusive se tornar uma perda muito grande ou uma doença, uma depressão.
O DIA: Filhos de pais separados sofrem pressão para ficar com o pai e a mãe. Sabemos que a justiça determina quem fica no Natal e Ano Novo, mas e, psicologicamente, como se sente a família?
Andréa Ladislau: A questão da guarda compartilhada é complicada nesses períodos de festas que envolvem, principalmente, um apego emocional mais intenso. Tanto a criança, quanto os adultos tendem a se sentir 'divididos' nessa convivência.
O ideal é trabalhar esse processo considerando que, o mais importante é o tempo de qualidade que se dispensa ao outro, independente da data em que estão juntos. É inevitável ter o desejo de passar as datas comemorativas juntos, mas se é necessária a divisão do período, que os momentos juntos sejam estimulantes para as boas memórias afetivas dentro do convívio familiar. Desta forma, ambos podem ofertar e receber amor, carinho, acolhimento e escuta ativa em qualquer época do ano, minimizando os impactos psicológicos negativos.
Chrystina Barros: Essa época, sem dúvida nenhuma, é emocionalmente delicada para todos, para os pais e para as crianças. É muito importante que os pais entendam que a opção deles em não seguir uma vida em comum não pode se traduzir em pressão, ansiedade ou culpa da criança que vai seguir a vida e irá se desenvolver tendo os dois como referência. Então, que seja o momento de se chegar a um bom acordo, a um consenso. Se não for possível, uma celebração em algum tempo junto, cada um que faça seu tempo, mas sem nenhuma culpa, sem nenhuma competição de que a criança vai desejar ficar com um ou com outro. Que possa ser o momento de celebrar a vida. E aí cada um encontrar essa melhor forma, de uma maneira muito respeitosa, civilizada e amorosa. Um amor que transcende a conjunção, digamos assim, carnal. É um amor que nós devemos ter entre pessoas na humanidade.
O DIA: A saúde mental de todos ficou muito abalada após a Covid. Como ficam as pessoas que estão internadas em clínicas psiquiátricas ou em hospitais com quadros graves?
Andréa Ladislau: A pandemia da Covid-19 trouxe um período de grandes incertezas e dores para toda a população. Um vírus invisível que comprovou ao ser humano nossa incapacidade de controlar tudo. Ele escancarou nossa fragilidade, seja ela física ou emocional. Assim como naquele momento pandêmico, o isolamento em períodos de festas comemorativas, na qual existe a necessidade de isolamento por internações, impedindo o convívio no núcleo familiar, motiva a fragilidade emocional, a tristeza, baixa autoestima, complexo de inferioridade, carência e a sensação de vazio por não se sentir pertencente.
Chrystina Barros: Essa época, sem dúvida nenhuma, é emocionalmente delicada para todos, para os pais e para as crianças. É muito importante que os pais entendam que a opção deles em não seguir uma vida em comum não pode se traduzir em pressão, ansiedade ou culpa da criança que vai seguir a vida e irá se desenvolver tendo os dois como referência. Então, que seja o momento de se chegar a um bom acordo, a um consenso. Se não for possível, uma celebração em algum tempo junto, cada um que faça seu tempo, mas sem nenhuma culpa, sem nenhuma competição de que a criança vai desejar ficar com um ou com outro. Que possa ser o momento de celebrar a vida. E aí cada um encontrar essa melhor forma, de uma maneira muito respeitosa, civilizada e amorosa. Um amor que transcende a conjunção, digamos assim, carnal. É um amor que nós devemos ter entre pessoas na humanidade.
O DIA: A saúde mental de todos ficou muito abalada após a Covid. Como ficam as pessoas que estão internadas em clínicas psiquiátricas ou em hospitais com quadros graves?
Andréa Ladislau: A pandemia da Covid-19 trouxe um período de grandes incertezas e dores para toda a população. Um vírus invisível que comprovou ao ser humano nossa incapacidade de controlar tudo. Ele escancarou nossa fragilidade, seja ela física ou emocional. Assim como naquele momento pandêmico, o isolamento em períodos de festas comemorativas, na qual existe a necessidade de isolamento por internações, impedindo o convívio no núcleo familiar, motiva a fragilidade emocional, a tristeza, baixa autoestima, complexo de inferioridade, carência e a sensação de vazio por não se sentir pertencente.
Chrystina Barros: A pandemia, com certeza, deixou muitas sequelas, algumas de maneira mais objetiva. desde as questões físicas de casos de câncer que não foram diagnosticados precocemente, aquelas que parecem subjetivas, mas são os problemas da mente, todos os transtornos, as ansiedades, as depressões, todas as angústias que ficaram, que deixaram cicatrizes muito importantes em nós. Mas eu vou destacar que a pandemia trouxe a infodemia, um volume de informações absurdo, porque naquele momento de isolamento a gente precisava dos canais digitais, e isso acabou que foi muito bom, porque a gente contou com redes que propiciaram velocidade nisso, mas isso deixou a sequela da infodemia, volume gigantesco de informações, boas e não boas, onde a curadoria é difícil e onde a gente infelizmente é até também por efeitos que a neurociência explica os nossos olhos eles se aderem muito fácil a telas coloridas. Então, sem dúvida nenhuma, isso aumentou o nosso adoecimento mental e é muito importante que a gente tente colocar a tela do celular preto e branco com baixo brilho e tirar do seu quarto à noite quando você vai dormir. Isso tudo faz diferença. Além disso, exercício físico, boa alimentação e relacionamentos.
O DIA: E para o Ano Novo o que as pessoas devem fazer para que 2025 seja melhor o 2024?
Andréa Ladislau: Permitir-se celebrar sempre suas conquistas e realizações, por menores que elas pareçam. Lembrar que devemos viver um dia de cada vez, investindo no agora, no momento presente, evitando estimular a ansiedade com o que ainda está por vir e nem sempre podemos controlar. Provocar uma mudança de hábitos e incluir na rotina para 2025, práticas de autocuidado que favoreçam a saúde física e mental. Tais como: higienização do sono; praticar atividade física regular; cuidados e controle da alimentação; desenvolver um hobbie; evitar o excesso de telas; buscar a socialização e a conexão com o outro; fazer terapia; criar metas a serem alcançadas e um planejamento de novas conquistas, sem deixar que a auto cobrança, o desejo de perfeição e a frustração sabotem o estímulo às novas realizações; aprender a dizer “não” e colocar limites no que gera desconforto e insatisfação; estar mais próximo da natureza e de sua essência; além de definir um propósito para o seu 2025.
Chrystina Barros: Eu quero que cada dia meu seja bom e se eu me propuser a cada dia fazer algo diferente, esse diferente talvez possa ser melhor para mim. E aí, 1º de janeiro, 1º de junho, 31 de agosto ou 31 de dezembro, serão dias em que eu posso fechar balanços, mas eu vou ser melhor para mim todos os dias. E se eu for melhor para mim todos os dias, porque eu consegui fazer em mim coisas boas, aproveitar momentos duros, tirar lições, levar relacionamentos, conquistas, amizades, pessoas, amores. Isso já vale a pena para todos os dias e que a gente possa colocar isso como uma ação para cada tempo, na renovação do ano novo, que é para todos, do nosso aniversário, aniversário de casamento, de namoro, de formatura, renovando a esperança sempre.
O DIA: E para o Ano Novo o que as pessoas devem fazer para que 2025 seja melhor o 2024?
Andréa Ladislau: Permitir-se celebrar sempre suas conquistas e realizações, por menores que elas pareçam. Lembrar que devemos viver um dia de cada vez, investindo no agora, no momento presente, evitando estimular a ansiedade com o que ainda está por vir e nem sempre podemos controlar. Provocar uma mudança de hábitos e incluir na rotina para 2025, práticas de autocuidado que favoreçam a saúde física e mental. Tais como: higienização do sono; praticar atividade física regular; cuidados e controle da alimentação; desenvolver um hobbie; evitar o excesso de telas; buscar a socialização e a conexão com o outro; fazer terapia; criar metas a serem alcançadas e um planejamento de novas conquistas, sem deixar que a auto cobrança, o desejo de perfeição e a frustração sabotem o estímulo às novas realizações; aprender a dizer “não” e colocar limites no que gera desconforto e insatisfação; estar mais próximo da natureza e de sua essência; além de definir um propósito para o seu 2025.
Chrystina Barros: Eu quero que cada dia meu seja bom e se eu me propuser a cada dia fazer algo diferente, esse diferente talvez possa ser melhor para mim. E aí, 1º de janeiro, 1º de junho, 31 de agosto ou 31 de dezembro, serão dias em que eu posso fechar balanços, mas eu vou ser melhor para mim todos os dias. E se eu for melhor para mim todos os dias, porque eu consegui fazer em mim coisas boas, aproveitar momentos duros, tirar lições, levar relacionamentos, conquistas, amizades, pessoas, amores. Isso já vale a pena para todos os dias e que a gente possa colocar isso como uma ação para cada tempo, na renovação do ano novo, que é para todos, do nosso aniversário, aniversário de casamento, de namoro, de formatura, renovando a esperança sempre.
O DIA: A senhora usa o termo Dezembrite que é bem interessante. Sabe quem o criou?
Andréa Ladislau: Não temos a informação de quem criou o termo. A Síndrome não existe com esse nome especificamente no DSM (Diagnóstico de Saúde Mental). Porém, nas práticas psicológicas e terapêuticas, existe essa denominação, que nasce dos estudos do comportamento populacional, relacionado à sazonalidade e períodos específicos do ano.
O DIA: A psicanalista Andréa Ladislau usa o termo Dezembrite, que seria a síndrome do final do ano, quando é feito um balanço geral de perdas e ganhos. Como a senhora vê dezembro neste sentido?
O DIA: A psicanalista Andréa Ladislau usa o termo Dezembrite, que seria a síndrome do final do ano, quando é feito um balanço geral de perdas e ganhos. Como a senhora vê dezembro neste sentido?
Chrystina Barros: Quanto a Dezembrite, eu não tinha escutado isso ainda não. Dezembro é um fechamento de ano de balanço nas empresas e a gente acaba que traz isso um pouco para o nosso ritual, como se fosse possível fazer um fechamento emocional. Mas é um balanço onde a gente revisita o que se propôs, o que realizou, os desafios. Eu deixo aqui, quem sabe já como uma dica para 2025: Tenha o meu querido diário, para escrever mesmo, não é para digitar no celular.
A gente precisa que os canais neurológicos que fazem o cérebro chegar ao nosso corpo, à mão, sejam ativados. Então é importante escrever. E que a gente possa em 2025, ou já agora, começar. Escreve o que você viveu de bom hoje, porque o nosso cérebro é feito como velcro para guardar coisas ruins, porque a gente precisa se defender. E ao contrário, não sobra espaço, ele se torna teflon. Como teflon de uma frigideira para coisas boas, escorrega. Óbvio que quando o teflon está bom. Se fizermos esse exercício, a gente, entre aspas, se obriga a perceber coisas boas. E nessa hora a gente começa a ter um olhar mais aguçado. É uma musculação que a gente faz para a felicidade. E no momento em que passarmos por uma dor maior por uma dificuldade que não depende de nós, esse meu querido diário pode ser lugar para se fortalecer.
O DIA: Como a senhora é especialista em felicidade, como poderia orientar as pessoas a alcançá-la com tantas atrocidades pelo mundo? Aqui, no Rio de Janeiro a violência nos assola.
O DIA: Como a senhora é especialista em felicidade, como poderia orientar as pessoas a alcançá-la com tantas atrocidades pelo mundo? Aqui, no Rio de Janeiro a violência nos assola.
Christyna Barros: O mundo sempre vai ter atrocidades, seja na nossa casa, na cidade, no bairro, na escola, no grupo social, no mundo. Veja as imbecilidades das guerras que nós temos em andamento. Não dá para a gente dizer que todos os dias estamos alegre e aqui eu diferencio de maneira proposital eu por hoje, eu experimento alegria mas, se eu olhar para minha vida enquanto saldo, eu sou feliz porque amanhã pode ser que eu esteja experimentando uma grande tristeza por motivos de força maior, a perda de alguém, que faz parte do ciclo da vida, ou a bestialidade humana de uma pessoa passando fome na rua, de um assassinato, ou do que quer que seja. Então, quando eu olho para isso, a minha vida vale a pena na medida em que eu, através da minha fala, da minha liberdade, eu ajudo a levar a educação, eu dou sentido à minha vida fazendo o bem. onde eu alcanço, e buscando sempre mais. Então, a gente precisa exercitar relacionamentos. Olhos nos olhos. Relacionamentos. É isso que a gente precisa.
Carga, metas e frustrações
Chega final de ano, a empresária Ana Carolina Malandrino, de 31 anos, fica bem cansada. "Em dezembro, eu me sinto mais sobrecarregada, toda carga do ano parece que se acumula. As metas que não batemos acabam nos frustrando, olhamos para trás pensando que poderíamos ter feito mais. Sempre me cobro muito nessa época do ano", diz ela, que em seu balanço percebe que trabalhou demais.
Carga, metas e frustrações
Chega final de ano, a empresária Ana Carolina Malandrino, de 31 anos, fica bem cansada. "Em dezembro, eu me sinto mais sobrecarregada, toda carga do ano parece que se acumula. As metas que não batemos acabam nos frustrando, olhamos para trás pensando que poderíamos ter feito mais. Sempre me cobro muito nessa época do ano", diz ela, que em seu balanço percebe que trabalhou demais.
"Agora o meu foco é sempre trabalhar menos e viver mais ao lado de meus familiares. Acabo me cobrando demais e nessa época do ano isso acontece muito. Ano que vem quero me cobrar menos em todos os âmbitos da minha vida". Ana Carolina também fica meio triste nessa época. "Sinto falta de parentes que não estão mais aqui como meus avós e minhas avós nessa época do ano".
Saudades do filho
Saudades do filho
A aposentada Martha Aragão de Oliveira, de 77 anos, compartilha a mesma tristeza de Ana Carolinha porque perdeu o filho caçula há 17 anos. "Esse é o pior mês. Meu filho morreu em 2007, aos 27, e ele fazia aniversário no dia 29 de dezembro. Todos os meses são difíceis, mas esse é muito ruim. O Leonardo gostava de festas, adorava esse período. As pessoas dizem que o tempo cura, mas a ferida fica aberta. Penso nele em todo momento pois não é a lei natural das coisas. Eu não gosto nem de ir a shopping ver enfeites de Natal. Até hoje estou na psicóloga. Despejo tudo e ameniza um pouco. Na terapia eu desabafo sobre coisas que acontecem na vida da gente e a profissional ajuda muito".
Mês um pouco mais pesado
A consultora de imagens Luciana Peixoto diz que a Dezembrite a afeta um pouco sim por conta do cansaço acumulado ao longo dos meses. "Parece que o mês de dezembro pesa um pouquinho mais, porque junta a correria do dia a dia, o trabalho, as metas que a gente precisa alcançar, as dificuldades que se enfrenta no dia a dia, os obstáculos que se passam durante todo o ano. Ao mesmo tempo, olhamos para trás e vemos todo o aprendizado", diz ela que não se sente melancólica nesta época.
Mês um pouco mais pesado
A consultora de imagens Luciana Peixoto diz que a Dezembrite a afeta um pouco sim por conta do cansaço acumulado ao longo dos meses. "Parece que o mês de dezembro pesa um pouquinho mais, porque junta a correria do dia a dia, o trabalho, as metas que a gente precisa alcançar, as dificuldades que se enfrenta no dia a dia, os obstáculos que se passam durante todo o ano. Ao mesmo tempo, olhamos para trás e vemos todo o aprendizado", diz ela que não se sente melancólica nesta época.
"Eu não me sinto triste, mas realmente bate aquela fadiga e um pouquinho de cansaço, como se aquele ciclo estivesse fechando. E a gente reflete muito por tudo o que aconteceu no ano, as metas que a gente conseguiu atingir, o que você tirou de aprendizado. e isso a gente leva como superação e mais desafios para 2025. É um encerramento de um ciclo, mas um encerramento bom e que a gente leva sempre com muito carinho por mais um ano vivido".
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