Publicado 20/12/2024 16:16
Rio - Cariocas lotam as ruas da Saara, no Centro do Rio, na corrida para garantir os presentes de Natal. Faltando apenas cinco dias para a celebração, compradores aproveitaram o recesso de fim de ano e as férias escolares para terem tempo de fazer um verdadeiro garimpo pelos melhores itens e preços para agradar familiares e amigos.
Nas lojas e barracas dos comerciantes da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), há opções para todos os bolsos e gostos. É possível encontrar roupas para as festas e para aproveitar o verão, sapatos e chinelos, os mais variados tipos de brinquedos, bonés, óculos, acessórios para celulares e aparelhos eletrônicos, bem como souvenires para quem não deixa a data passar em branco. Mesmo com o sol forte e as altas temperaturas desta sexta-feira (20), a maioria dos consumidores procurou em várias lojas e vendedores antes de decidirem o que iriam levar para casa.
A universitária Amanda Quaresma, de 24 anos, aproveitou a manhã de sexta-feira para comprar os presentes dos cinco sobrinhos. Apesar de já ter a lista do que comprar para cada uma das crianças, ela contou que procurou pelos melhores preços em várias lojas. Em apenas, ela encontrou as melhores ofertas e garantiu os brinquedos de três delas.
"Eu tenho cinco sobrinhos com idades entre 2 e 11 anos, então é muito presente para comprar. Eu já vim sabendo o brinquedo que ia comprar, porque perguntei o que eles iam querer. A única coisa que eu não sabia era em qual loja comprar, entrei em algumas para comparar os preços e já estou levando três dessa aqui, porque está valendo a pena", disse a estudante.
O casal Leandro Rosa, 45, e Ana Paula Leibenite, 42, também estava em busca dos melhores preços. “A gente veio comprar os presentes de Natal e pesquisar os preços. A minha neta já disse o que quer, sandalinha, vestidinho, mas do restante da família ainda vamos procurar e pesquisar preço antes de comprar”, afirmou o operador de câmera. "Eu já vim certa do que vou comprar, quero bolsa, óculos, roupa, tudo para renovar o guarda-roupa para começar o novo ano, mas tem que ser com um bom preço, então tem que pesquisar bastante”, completou a operadora de caixa.
A supervisora de projeto Elaine Ferreira, de 46 anos, levou a filha e a sobrinha, Lara Ferreira e Isabela Sotero, ambas de 15 anos, para comprarem biquínis para o verão. “Eu trabalho por aqui, então já sabia exatamente onde encontrar o que elas queriam e até a loja específica. Nós viemos no lugar certo para isso, mas fizemos uma listinha e vamos tentar focar só nas coisas que queremos comprar. A gente acaba sempre comprando a mais, mas vamos tentar focar".
Enquanto a supervisora pretendia focar na lista, as adolescentes já tinham outros planos. "Queremos biquínis, mas já aproveitamos que estamos na Saara para dar uma olhada em outras coisas, também e comprar os presentes de Natal dos parentes, dos amigos", contou Isabela. "A gente escolheu vir na Saara porque sabia que ia encontrar muita opção, vai dar para garimpar bastante e achar o que a gente quer", também declarou Lara.
A advogada Simone Trece, de 59 anos, e o marido dela, o despachante Domingos Trece, 63, revelaram que estavam em uma verdadeira missão de Natal. O idoso costuma se vestir de Papai Noel e distribuir presentes que encomenda, mas que neste ano não chegaram a tempo. "Eu me visto de Papai Noel, então tenho que comprar os presentes para encher o saco e distribuir no Natal. Meu filho chegou a encomendar, mas não chegaram ainda, então nós corremos aqui para a Saara para garantir", contou.
Para a advogada, que também procurava lembranças para o neto e outros familiares, a prioridade era encontrar brim quedas de boa qualidade. “Não fizemos uma lista, aquilo que a gente bater o olho e gostar, vamos levar. Só temos um neto no Brasil, mas tem os sobrinhos, crianças pequenas e não tem como não comprar. A nossa prioridade é sempre a qualidade do brinquedo, às vezes vale a pena pagar um pouco mais caro por um produto melhor, que vai durar mais tempo e não vai fazer mal para as crianças”.
Pai da pequena Maria Eduarda, de 4 anos, o cinegrafista Valmir Alves Junior, 42, diz que também preza pela qualidade dos produtos, mas que não abre mãe de fazer uma pesquisa pelos melhores preços. "A gente já veio mais ou menos ciente do que ia comprar, além dela, temos mais um filho, então viemos hoje para comprar aqueles últimos presentes. A gente está dando uma olhada antes e gostamos dessa loja, porque os preços estavam legais. A gente olha primeiro a qualidade, depois o preço, porque tem que ser em conta, mas o brinquedo tem que durar".
Tempo de fazer o bem
Enquanto alguns cariocas corriam para fazer as compras, um Papai Noel circulava pelas ruas da Saara distribuindo presentes e levando alegria para a criançada. O trabalhador autônomo Luciano Costa, de 50 anos, conta que todos os anos, há cerca de 20 anos, percorre a região na semana do Natal fantasiado de Bom Velhinho, como forma de agradecer todas as boas coisas que recebeu ao longo do ano.
"Eu fico por aqui distribuindo lembrancinhas, levando alegria e tentando fazer o melhor para tocar o coração das crianças e dos adultos. Eu faço isso por conta própria, junto uma quantidade de brinquedos ao longo do ano e venho distribuindo. É muito bom agradar, as crianças me param, pedem para tirar fotos, conversam comigo. Faz bem para o coração. Minha mãe ficou em coma esse ano, mas já está se recuperando em casa, então é sempre bom fazer o bem, quando a gente faz o bem, a gente recebe o bem", declarou.
Decoração e brinquedos são itens mais procurados
Segundo a gerente Jéssica Costa, de 33 anos, a Loja Simões de utilidades, tem recebido muitos clientes em busca de brinquedos para doações. Com itens mais simples e de baixo custo, ela conta que os doadores costumam levar os mais tradicionais, como bolas, carrinhos e bonecas. "Como eles não conhecem as crianças, acabam levando o que é mais comum e que sempre vai agradar", apontou a funcionária. A gerente disse ainda que, na busca por presentes de amigo oculto, os mais vendidos são os itens de decoração, porta-retratos e utensílios domésticos.
Na Loja Salacadula, uma funcionária disse perceber grande procura por armas de brinquedo que disparam bolas de gel, que não são vendidas no estabelecimento, por não ter autorização do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Segundo o órgão, esses produtos não são considerados brinquedos, já que não tem o uso destinado a crianças menores de 14 anos. Entretanto, o item foi visto pela reportagem de O DIA em pelo menos uma barraca da Saara.
Além dos presentes, consumidores ainda estavam em busca de enfeites para decorar as casas de acordo com o clima natalino. Na loja Hao Qian Presentes, a vendedora Andressa Bittencourt, de 26 anos, conta que os estoques já estão baixos, mas acredita que a procura pelos itens, dos mais tradicionais ao mais inovadores, ainda deve continuar até a véspera de Natal.
"Árvore de Natal, bolinha e pisca-pisca são os clássicos, sempre vendemos muito. Esse ano, já vendemos todas as árvores, só tem as de mostruário. Mas, esse ano, as pessoas também procuraram muito por cascatas de luz e enfeites de pendurar com estrelas e luzes. As flores artificiais vermelhas também saíram muito. O pessoal fica sem tempo, por conta do trabalho, então ainda tem gente procurando decoração para enfeitar a casa. Até o dia 24, ainda vai ter gente procurando decoração".
Com tantas opções para os consumidores, a loja DF Decorações apostou em uma decoração chamativa em sua entrada, como forma de atrair os clientes. Os funcionários contam que quem passa pelo local sempre para para observar as dezenas de Papais-Noéis, o poste com neve, os bonecos infláveis, e quase sempre acabam entrando.
PublicidadeNas lojas e barracas dos comerciantes da Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), há opções para todos os bolsos e gostos. É possível encontrar roupas para as festas e para aproveitar o verão, sapatos e chinelos, os mais variados tipos de brinquedos, bonés, óculos, acessórios para celulares e aparelhos eletrônicos, bem como souvenires para quem não deixa a data passar em branco. Mesmo com o sol forte e as altas temperaturas desta sexta-feira (20), a maioria dos consumidores procurou em várias lojas e vendedores antes de decidirem o que iriam levar para casa.
A universitária Amanda Quaresma, de 24 anos, aproveitou a manhã de sexta-feira para comprar os presentes dos cinco sobrinhos. Apesar de já ter a lista do que comprar para cada uma das crianças, ela contou que procurou pelos melhores preços em várias lojas. Em apenas, ela encontrou as melhores ofertas e garantiu os brinquedos de três delas.
"Eu tenho cinco sobrinhos com idades entre 2 e 11 anos, então é muito presente para comprar. Eu já vim sabendo o brinquedo que ia comprar, porque perguntei o que eles iam querer. A única coisa que eu não sabia era em qual loja comprar, entrei em algumas para comparar os preços e já estou levando três dessa aqui, porque está valendo a pena", disse a estudante.
O casal Leandro Rosa, 45, e Ana Paula Leibenite, 42, também estava em busca dos melhores preços. “A gente veio comprar os presentes de Natal e pesquisar os preços. A minha neta já disse o que quer, sandalinha, vestidinho, mas do restante da família ainda vamos procurar e pesquisar preço antes de comprar”, afirmou o operador de câmera. "Eu já vim certa do que vou comprar, quero bolsa, óculos, roupa, tudo para renovar o guarda-roupa para começar o novo ano, mas tem que ser com um bom preço, então tem que pesquisar bastante”, completou a operadora de caixa.
A supervisora de projeto Elaine Ferreira, de 46 anos, levou a filha e a sobrinha, Lara Ferreira e Isabela Sotero, ambas de 15 anos, para comprarem biquínis para o verão. “Eu trabalho por aqui, então já sabia exatamente onde encontrar o que elas queriam e até a loja específica. Nós viemos no lugar certo para isso, mas fizemos uma listinha e vamos tentar focar só nas coisas que queremos comprar. A gente acaba sempre comprando a mais, mas vamos tentar focar".
Enquanto a supervisora pretendia focar na lista, as adolescentes já tinham outros planos. "Queremos biquínis, mas já aproveitamos que estamos na Saara para dar uma olhada em outras coisas, também e comprar os presentes de Natal dos parentes, dos amigos", contou Isabela. "A gente escolheu vir na Saara porque sabia que ia encontrar muita opção, vai dar para garimpar bastante e achar o que a gente quer", também declarou Lara.
A advogada Simone Trece, de 59 anos, e o marido dela, o despachante Domingos Trece, 63, revelaram que estavam em uma verdadeira missão de Natal. O idoso costuma se vestir de Papai Noel e distribuir presentes que encomenda, mas que neste ano não chegaram a tempo. "Eu me visto de Papai Noel, então tenho que comprar os presentes para encher o saco e distribuir no Natal. Meu filho chegou a encomendar, mas não chegaram ainda, então nós corremos aqui para a Saara para garantir", contou.
Para a advogada, que também procurava lembranças para o neto e outros familiares, a prioridade era encontrar brim quedas de boa qualidade. “Não fizemos uma lista, aquilo que a gente bater o olho e gostar, vamos levar. Só temos um neto no Brasil, mas tem os sobrinhos, crianças pequenas e não tem como não comprar. A nossa prioridade é sempre a qualidade do brinquedo, às vezes vale a pena pagar um pouco mais caro por um produto melhor, que vai durar mais tempo e não vai fazer mal para as crianças”.
Pai da pequena Maria Eduarda, de 4 anos, o cinegrafista Valmir Alves Junior, 42, diz que também preza pela qualidade dos produtos, mas que não abre mãe de fazer uma pesquisa pelos melhores preços. "A gente já veio mais ou menos ciente do que ia comprar, além dela, temos mais um filho, então viemos hoje para comprar aqueles últimos presentes. A gente está dando uma olhada antes e gostamos dessa loja, porque os preços estavam legais. A gente olha primeiro a qualidade, depois o preço, porque tem que ser em conta, mas o brinquedo tem que durar".
Tempo de fazer o bem
Enquanto alguns cariocas corriam para fazer as compras, um Papai Noel circulava pelas ruas da Saara distribuindo presentes e levando alegria para a criançada. O trabalhador autônomo Luciano Costa, de 50 anos, conta que todos os anos, há cerca de 20 anos, percorre a região na semana do Natal fantasiado de Bom Velhinho, como forma de agradecer todas as boas coisas que recebeu ao longo do ano.
"Eu fico por aqui distribuindo lembrancinhas, levando alegria e tentando fazer o melhor para tocar o coração das crianças e dos adultos. Eu faço isso por conta própria, junto uma quantidade de brinquedos ao longo do ano e venho distribuindo. É muito bom agradar, as crianças me param, pedem para tirar fotos, conversam comigo. Faz bem para o coração. Minha mãe ficou em coma esse ano, mas já está se recuperando em casa, então é sempre bom fazer o bem, quando a gente faz o bem, a gente recebe o bem", declarou.
Decoração e brinquedos são itens mais procurados
Segundo a gerente Jéssica Costa, de 33 anos, a Loja Simões de utilidades, tem recebido muitos clientes em busca de brinquedos para doações. Com itens mais simples e de baixo custo, ela conta que os doadores costumam levar os mais tradicionais, como bolas, carrinhos e bonecas. "Como eles não conhecem as crianças, acabam levando o que é mais comum e que sempre vai agradar", apontou a funcionária. A gerente disse ainda que, na busca por presentes de amigo oculto, os mais vendidos são os itens de decoração, porta-retratos e utensílios domésticos.
Na Loja Salacadula, uma funcionária disse perceber grande procura por armas de brinquedo que disparam bolas de gel, que não são vendidas no estabelecimento, por não ter autorização do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro). Segundo o órgão, esses produtos não são considerados brinquedos, já que não tem o uso destinado a crianças menores de 14 anos. Entretanto, o item foi visto pela reportagem de O DIA em pelo menos uma barraca da Saara.
Além dos presentes, consumidores ainda estavam em busca de enfeites para decorar as casas de acordo com o clima natalino. Na loja Hao Qian Presentes, a vendedora Andressa Bittencourt, de 26 anos, conta que os estoques já estão baixos, mas acredita que a procura pelos itens, dos mais tradicionais ao mais inovadores, ainda deve continuar até a véspera de Natal.
"Árvore de Natal, bolinha e pisca-pisca são os clássicos, sempre vendemos muito. Esse ano, já vendemos todas as árvores, só tem as de mostruário. Mas, esse ano, as pessoas também procuraram muito por cascatas de luz e enfeites de pendurar com estrelas e luzes. As flores artificiais vermelhas também saíram muito. O pessoal fica sem tempo, por conta do trabalho, então ainda tem gente procurando decoração para enfeitar a casa. Até o dia 24, ainda vai ter gente procurando decoração".
Com tantas opções para os consumidores, a loja DF Decorações apostou em uma decoração chamativa em sua entrada, como forma de atrair os clientes. Os funcionários contam que quem passa pelo local sempre para para observar as dezenas de Papais-Noéis, o poste com neve, os bonecos infláveis, e quase sempre acabam entrando.
"A gente faz todo ano essa decoração, já pensando em atrair os clientes, colocamos urso, arcos, árvore. E acaba que o pessoal já entra procurando os itens que estão na porta ou pedindo para tirar foto com a decoração. A competição aqui na Saara é muito grande, então sempre tentamos chamar atenção", disse a vendedora Ana Rita.
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