A pesquisadora química, Mariana Mendes, 39, comprou presentes para o noivo, pais e sogrosReginaldo Pimenta
Publicado 23/12/2024 17:03
Rio - A corrida contra o tempo para presentear familiares no Natal movimentou, nesta segunda-feira (23), os corredores de shoppings na cidade. Seguindo a máxima, que diz "antes tarde do que nunca", pais, filhos, tios, netos e avós acertaram os últimos detalhes para não deixar ninguém sem ganhar sua lembrança na data festiva.

A fisioterapeuta Bárbara Bessa, de 25 anos, aproveitou o período de recesso no trabalho para comprar os presentes que faltavam para tios e primos no Shopping Nova América, na Zona Norte. "Estou indo ver roupa, já comprei panetone e chocolate. Eu geralmente faço assim, vou comprando tudo na prestação, mas por conta da correria acabou sendo em cima da hora", contou.
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O custo dos presentes, segundo a moradora de Maria da Graça, fica na faixa dos R$ 60 e R$ 70 por item. "Não tá fácil de achar nada barato", avaliou.

A pesquisadora química, Mariana Mendes, de 39 anos, também falou sobre o custo dos presentes. Segundo ela, por conta disso, a decisão foi presentear apenas aqueles familiares mais próximos. "Eu costumo comprar pela internet, mas por causa do trabalho não tive tempo e vim agora. Estou comprando presente para o meus pais, meu noivo e meus sogros", comentou.

Moradora da Taquara, na Zona Oeste, ela explica que costuma comprar presentes mais simbólicos no feriado. "Eu sou da filosofia que Natal é lembrança, só para não passar em branco. Presente mesmo a gente dá no aniversário", comentou.

O pedido ao Papai Noel da pequena Alice Cruz, de 3 anos, fez com que a mãe da menina, Amanda Cruz, de 41, se antecipasse neste ano. "Eu comprei o presente da minha filha antes. Agora que ela está com três anos, ela já começou a pedir. Até então, a gente conseguia dar uma enrolada e decidir por ela. Agora, ela já fala de Papai Noel e disse que queria uma bicicleta, então não teve jeito", contou a professora, que levou a filha ao shopping para comprar os presentes de outros familiares que faltavam: "Hoje vim comprar blusa para o meu pai", disse.

No caso do pequeno Marcus Vinícius, de 4 anos, o pedido neste ano pegou a mãe, Viviane José, de surpresa. "Um tablet, mãe", disse o menino. Até então, segundo ela, o filho não havia falado nada sobre pedir presente ao papai Noel: "Eu vim para comprar o presente do meu mais velho. Comprei um celular para ele, agora o pequeno não tinha falado nada ainda", brincou.

A prática de presentear terá um significado único para Gabriel Augusto da Silva, de 22 anos. Recém empregado, o técnico químico assumiu pela primeira vez a tarefa de ir ás compras: "Normalmente minha mãe comprava e colocava o nome como se fosse nós dois juntos. Agora eu estou trabalhando e melhorou um pouco. Pretendia até comprar pela internet, mas me enrolei. Sabe como é, trabalha todo dia, acaba não sobrando tempo. Hoje, como tive a manhã livre, resolvi vir", explicou.

De última hora, o empresário Elton de Lima, de 56, contou que decidiu ir ao shopping, nesta segunda, para procurar o seu presente. "Já comprei o das netas e da patroa. Agora falta o meu. De última hora. É sempre assim. A gente lembra de todo mundo e acaba esquecendo da gente", disse o morador da Pavuna.
Vendas em alta

De acordo com a rede Ancar, empresa responsável pelo Nova América e por outros shoppings no Rio, a expectativa é de um aumento de 6% nas vendas neste ano em relação a 2023. As áreas com maior crescimento esperado são a alimentação (11%), vestuário (8%) e calçados (7%).

No caso do Shopping Nova América, a expectativa de aumento de vendas e de movimento nos corredores é de 8%. 
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