Daniel Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisãoDivulgação
Publicado 24/12/2024 08:53 | Atualizado 24/12/2024 16:46
Rio - O  ex-deputado federal Daniel Silveira foi preso, nesta terça-feira (24), pela Polícia Federal em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, após descumprimento de decisões judiciais. Ele estava em liberdade condicional há apenas quatro dias. 
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As medidas cautelares estabelecidas haviam sido impostas pelo ministro Alexandre de Moraes na última sexta-feira (20). Além do uso de tornozeleira eletrônica, o ex-parlamentar deveria se recolher, durante as noites e nos finais de semana, na residência dele em Petrópolis, o que não foi cumprido.
De acordo com a defesa do ex-parlamentar, Silveira teve fortes dores lombares no último sábado (21) e precisou ser encaminhado com urgência ao hospital da cidade, medida comunicada à Justiça junto ao atestado de comparecimento. No documento enviado em que O DIA teve acesso, o advogado Paulo César Rodrigues de Farias também solicitou que ele pudesse passar as festas de fim de ano com a família. 
"A decisão do nobre relator indica o horário de 22 às 06h, para recolhimento noturno. Contudo, requer sejam deferidas exceções para os dias 24/12 e 31/12, com o objetivo de confraternização em família, após mais de 2 anos afastado e privado de tal convívio, e em razão de residir em área distante e rural, requer, excepcionalmente, que os horários sejam estendidos, tão somente para as festas de fim de ano, especialmente, ao convívio com suas duas filhas, mãe, esposa e irmã, que o horário de retorno ao lar seja 2h, após a ceia de Natal e Ano Novo", disse um trecho do documento.
Ainda durante a manhã, o ex-deputado deu entrada na Cadeia Pública José Frederico Marques, em Benfica, na Zona Norte, onde aguarda por audiência de custódia.
Aliado do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Silveira também não pode se comunicar com ele e com outros investigados por tramar um golpe de Estado após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na eleição presidencial de 2022. O ex-deputado também deve se manter afastado das redes sociais. 
Silveira foi condenado pelo STF a oito anos e nove meses de prisão, em 2022, pelos crimes de tentativa de impedir o livre exercício dos Poderes e por coação no curso do processo, ao proferir ofensas e ameaças contra os ministros da Corte Suprema.
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