Agentes sanitários devem visitar mais de 100 mil imóveis nesta semanaDivulgação/SMS
Publicado 06/01/2025 15:21
Rio - A Prefeitura do Rio deu início, nesta segunda-feira (6), a um levantamento de focos do mosquito da dengue. Batizado de Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa), a ação deve visitar mais de 100 mil endereços somente nesta primeira semana e faz parte das ações para evitar uma epidemia da doença. No ano passado, a cidade registrou 111 mil casos, o maior número dos últimos dez anos.

O trabalho dos agentes consiste na identificação de focos, além da coleta de larvas e ovos de mosquitos que serão levados para o setor de entomologia da própria prefeitura. Segundo o secretário municipal de Saúde, Daniel Soranz, o levantamento ajuda a direcionar ações de prevenção.

"Todas as áreas da cidade recebem visita dos agentes de vigilância em saúde. A expectativa é visitar 100 mil domicílios nessa semana, colher as amostras, levar para o nosso laboratório de entomologia e lá verificar qual o tipo de larva, qual tipo de ovo de mosquito tem nessa amostra de água. A partir disso, verificar se é Aedes aegypti, se é Culex, ou se é outro tipo de mosquito. O objetivo é ver quais são os mosquitos que estão circulando na cidade do Rio de Janeiro e qual o índice de infestação", disse.

Ainda de acordo com o secretário, a pesquisa se faz ainda mais importante considerando o cenário atual da cidade, onde mais de 110 mil pessoas contraíram a dengue em 2024.

"De cada três pessoas que tiveram dengue, dois a gente consegue encontrar o foco do mosquito Aedes aegypti dentro do próprio domicílio desse paciente", explicou Soranz.
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No último levantamento, o maior número de focos identificado pelos agentes estava no grupo C de classificação, que inclui depósitos fixos como tanques, obras, borracharias e horas, lajes, ralos, sanitários, vasos em cemitérios e peças arquitetônicas, além de caixas de passagem.

O grupo B foi o segundo com maior número de focos. Nessa lista, estão inseridos os depósitos móveis, como vasos, frascos com plantas, pingadeiras, recipientes de degelo de geladeira, bebedouros e objetos religiosos.

Epidemia de dengue

Em 2024, o município do Rio de Janeiro enfrentou uma epidemia de dengue, com o registro de 111 mil casos da doença. Esse foi o o maior número registrado nos últimos dez anos e apresentou taxa de incidência de 1,7 casos a cada 100 mil habitantes. Além disso, a cidade apresentou uma taxa de letalidade de 0,02%, com 21 óbitos confirmados.

No ano passado, foram aplicadas 155.756 doses da primeira etapa da vacina contra a dengue e 55.235 doses da segunda etapa.

"A SMS segue com um plano ativo de combate à dengue e, em 2025, a principal preocupação é evitar uma nova explosão de casos da doença", informou a SMS por meio de nota.
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