Paramos no posto de gasolina que costumamos frequentar em Caxias, onde moramos. Quando ela estacionou para abastecer, o frentista — que já nos conhece — olhou para dentro do carro e disse em tom bem-humorado: "São as gêmeas!". Eu ri comigo mesma, pensando: "Não adiantou nada ter mudado de roupa". Arte: Kiko
Publicado 09/02/2025 09:00
Na semana passada, houve uma reedição do Dia das Irmãs. Já falei sobre ele aqui no início do ano passado, mas explico novamente. Afinal, adoro repetir as minhas histórias preferidas! Então, a tal data não existe no calendário que rege a vida em sociedade. Não é universal, mas particular — e por isso é tão especial. Trata-se de um dia em que eu e minha irmã temos um tempo livre e saímos juntas. Não costumamos programar com muita antecedência e, felizmente, ele se repetiu há alguns dias.
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Para esse passeio recente, escolhi uma calça com listras verticais mais largas nas cores preta e branca, além de uma blusa preta. Completei o look com um colar colorido comprado em uma feirinha em Rio das Ostras, na Região dos Lagos. Cheguei à garagem já pingando de suor pelo calor extremo até que a minha irmã surgiu. Ela vestia uma saia de listras finas, também em preto e branco, e uma blusa pink. Tudo normal para mim. Mas não para ela, que me olhou e disse: "Ah, não! As duas de listras. Vamos parecer um par de jarros". Como boa libriana, ela ficou indecisa por alguns minutos até que voltou para casa e mudou o look, apostando em uma saia preta de pequenos poás brancos.
De fato, eu não havia me incomodado com as roupas parecidas. Inclusive, até hoje me lembro de uma festa de casamento há mais de 20 anos em que eu, uma das madrinhas e outra convidada usávamos o mesmo vestido! Assim, eu e minha irmã finalmente saímos de casa. Eu de blusa preta e listras na calça. Ela de blusa pink e poás na saia. Paramos no posto de gasolina que costumamos frequentar em Caxias, onde moramos. Quando ela estacionou para abastecer, o frentista — que já nos conhece — olhou para dentro do carro e disse em tom bem-humorado: "São as gêmeas!". Eu ri comigo mesma, pensando: "Não adiantou nada ter mudado de roupa". O fato é que muitas pessoas nos acham parecidas, a ponto de se confundirem. Uma prova de que, por mais que a gente tente se diferenciar, nós também somos iguais em alguma medida.
Assim, rumamos as "gêmeas" vestidas de forma diferente para um almoço na Zona Sul do Rio. A programação também incluía a ida a uma cafeteria, já que a minha irmã estava de olho no bolo de chocolate com calda de chocolate quente que ela tinha visto no Instagram. Aliás, isso nós temos de muito parecido: o gosto por doces!
A primeira parada foi o restaurante. Quando vieram os pratos, ela comentou sobre o risoto de tomate que havia escolhido como acompanhamento: "Parece o arroz de forno da minha mãe". Achei graça e tentei imaginar o que o chef acharia do comentário. Se eu fosse ele, na verdade, aceitaria como um elogio porque ter uma receita comparada à comida da minha mãe é algo muito bom. Eu e a minha irmã sabemos bem disso.
Demos umas voltas depois do almoço e paramos na tal cafeteria. Escolhi uma sobremesa sem açúcar, mas me vi dando umas garfadas no bolo de chocolate da minha irmã. Inclusive, fiz um vídeo do momento em que ela pegava o copo com a calda quente e deixava cair sobre o bolo. Como boa chocólatra e formiguinha, a cada vez que eu mastigava a guloseima, eu pensava: "Isso é muito bom!". A minha irmã pensou o mesmo!
Assim é o Dia das Irmãs: delicioso como chocolate! E isso também é um elogio! Afinal, naquelas horas em que estivemos juntas, nós conversamos muito! Falamos sobre passeios, família, amigos, looks... Enfim, sobre a vida! Em alguns momentos, percebi que nossas vidas não são iguais e constatei que somos bem diferentes e, ao mesmo tempo, muito próximas. E sinto que será para sempre assim, independentemente de estarmos vestindo roupas parecidas ou não.
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