Enfermarias do Hospital Universitário com janelas abertas para driblar falta de ar-condicionado - Pedro Teixeira/Agência O Dia
Enfermarias do Hospital Universitário com janelas abertas para driblar falta de ar-condicionadoPedro Teixeira/Agência O Dia
Publicado 24/02/2025 14:42
Rio - Pacientes do Hospital Universitário Clementino Fraga Filho (HUCFF), na Ilha do Fundão, têm que enfrentar um desafio extra além da recuperação: o calor. De acordo com denúncias confirmadas pela reportagem de O DIA, nesta segunda-feira (24), boa parte dos leitos de enfermaria da unidade fica em alas sem ar-condicionado, apenas com ventiladores de teto.
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O cenário enfrentado pelos pacientes se agravou nas últimas semanas, com as elevadas temperaturas que vêm atingindo a cidade do Rio. Para lidar com a situação, muitas famílias têm levado ventiladores de casa. Em vários quartos, a janela aberta é a solução para aliviar o clima quente.

Nas redes sociais, pacientes e familiares reclamam da condição do hospital: "As enfermarias um calor absurdo, não têm material hospitalar. Digo isso com propriedade, pois sou paciente oncológico dessa unidade", comentou uma usuária.

Em outra resposta à postagem do próprio HUCFF nas redes sociais, um usuário falou sobre a situação do calor vivida por pacientes. "Esperando refrigeração em todos os ambientes. O calor está surreal. Enfermarias e postos sem nem ventilador", criticou.

Questionada, a direção do hospital confirmou em comunicado que nem todos os ambientes do HUCFF têm climatização e nas enfermarias há apenas ventiladores de teto. Nesses ambientes, a unidade disse que são adotadas outras medidas para minimizar os efeitos das altas temperaturas, mas não esclareceu quais.

No comunicado, a direção esclareceu que o 9º andar do prédio, onde também funciona uma enfermaria e emergência, foi o último a receber melhorias na climatização. No espaço, as equipes instalaram seis aparelhos de ar-condicionado.

Por fim, o HUCFF justificou que a expansão da climatização na unidade é um processo complexo e de alto custo, que depende também da adequação na carga elétrica do prédio onde funciona o hospital.

"Com a chegada da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), essa iniciativa já está sendo priorizada, com um investimento em infraestrutura de aproximadamente R$ 115 milhões, pelo PAC - Programa de Aceleração do Crescimento", pontuou a direção.
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